Quando olho para minha infância, eu realmente acredito que era tudo muito mais simples. Havia um elemento de toque humano, que está perdendo sua essência no mundo de hoje. O tempo mudou e eu também. Envelhecer pode ser lindo e assustador ao mesmo tempo – e esse sentimento me atingiu quando perdi meu pai. Ele era a pessoa mais gentil que eu conhecia e me ensinou a ser compassivo e trabalhador.
Meu pai um cirurgião que passou sua carreira cuidando de pessoas, que pagavam apenas o que podiam ou, se não podiam, ele não cobrava. Em seu funeral, todos os negócios e lojas da cidade onde estávamos na Turquia foram desligados para a procissão. Os moradores levaram seu caixão nos ombros por todo o caminho – do centro da cidade até o túmulo. Assim, meu pai mostrou o que significa deixar uma marca em outras pessoas.
Como adultos, discutimos as virtudes de honestidade, justiça, bondade e compaixão que aprendemos quando crianças. No entanto, o quanto realmente praticamos em nosso dia-a-dia? Quando nos desenvolvemos, entramos em um mundo completamente diferente – aquele em que a confiabilidade nunca é garantida e a revelação da verdade aparece como um ideal distante.
Muitas vezes sentimos que não somos bons o suficiente, que há muito mais para fazer e realizar. Nós nos esforçamos para atingir a perfeição que acreditamos que outros conseguiram. Na pressa de se tornar alguém e alcançar o marco distante, deixamos de perceber quem já somos.
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Somos seres sociais e a conexão com outras pessoas é o que nos torna humanos. A melhor forma de encontrar alegria em nossas próprias vidas é trazer alegria para a vida dos outros. A tecnologia e as mídias sociais tornaram mais fácil a possibilidade de nos conhecermos e conectarmos, mas também podem ser armas de autodestruição. Nós passamos tanto tempo online que perdemos contato com o que realmente importa. Começamos a medir-nos não por quão verdadeiro somos com nós mesmos, mas por quantos likes e comentários recebemos em nossos feeds de notícias.
Há tanta competição, angústias, ciúmes e ódio no mundo que ao publicar momentos bonitos ou uma visão espetacular que teve você poderá ser julgado. A superexposição das mídias sociais e sua fácil acessibilidade tornaram a geração de hoje dependente. Quando eu ouço histórias sobre adolescentes influenciados pela plataforma virtual a ponto de quererem acabar com a própria vida, apenas porque se engajaram em um desafio, me sinto testando minha fé na humanidade. Como pode haver tanto erro em um mundo com tanto potencial para fazer o que é certo?
A esperança começa com a gente. Cada um de nós tem condição para ser honesto, gentil, justo e compassivo. Acredito com todo o meu coração que a tecnologia e as mídias sociais podem nos ajudar a tornar o mundo um lugar melhor. Há muito sonhei com um lugar que é mais esperançoso e gentil, um lugar sem filtros, onde nos sentimos seguros para nos expressarmos abertamente e honestamente, em que realmente nos importamos e nos apoiamos, onde podemos ser genuínos e íntimos, um lugar onde não precisamos ter medo – um lugar que deixaria meu pai orgulhoso.
Meus sonhos estão se tornando realidade na hello. Hello é uma rede social construída sobre amores, não gostos. hello é uma celebração de amor e amizade e união. É um ponto culminante do trabalho da minha vida, mas não posso fazer isso sozinho. Se você quiser criar uma rede social mais gentil, junte-se à nossa comunidade. Convide seus amigos e traga um vizinho e um estranho também. Juntos, somos mais fortes e podemos construir um mundo melhor.
*Por Orkut Buyukkokten, criador do antigo orkut.com e da nova rede social hello