De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a obesidade é o sexto fator principal de mortes no mundo. Todos os anos, cerca de 3,4 milhões de adultos morrem como consequência do sobrepeso.
A obesidade, aliás, mata mais do que a fome. De acordo com o estudo Global Burden of Disease, a subnutrição era a doença que mais tirava anos de vida saudável da humanidade. Agora, ela despencou para oitavo lugar. Enquanto a obesidade subiu de décimo para sexto
A chance de voltar ao peso normal dentro de um ano, depois de estar obeso, é apenas uma em 210 para homens e uma em 124 para mulheres, segundo uma pesquisa britânica. Em casos graves de obesidade, a perda de peso em apenas um ano é ainda menos provável, concluíram pesquisadores da universidade King’s College London.
O Brasil tem mais pessoas acima do peso ou obesas do que a média mundial, revela um estudo divulgado na revista científica Lancet. Mais da metade da população adulta brasileira está nessas categorias – 58% das mulheres e 52% dos homens.
Mas nem só de descontrole se faz um obeso. Uma pessoa pode ser gorda e comer e exercitar-se de forma semelhante a uma magra da mesma idade, sexo e altura. Embora geralmente a obesidade decorra de acúmulo de gordura provocado por excesso de calorias alimentares e pouco gasto calórico por sedentarismo, não há dúvida de que existem eficiências metabólicas diferentes entre as pessoas. Estas características parecem ser herdadas, e a Medicina está começando a desvendar o porquê destas diferenças através do estudo dos genes e da descoberta de substâncias fabricadas pelo organismo que atuam na queima calórica.
Dá para ser obeso e saudável?
Não. Um estudo realizado por pesquisadores canadenses e divulgado na publicação científica americana Annals of Internal Medicine, revelou que excesso de peso é prejudicial à saúde mesmo quando não há distúrbios metabólicos, como diabete, pressão alta e colesterol alto.
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