Aos 65 anos, Hélio Magalhães ocupa um cargo desejado por muitos executivos do país. Ele é o presidente da subsidiária brasileira do Citi desde 2012. Mesmo assim, Magalhães decidiu que estava na hora. Em junho, comunicou à diretoria do banco americano que deixaria o cargo para dar espaço para novas cabeças. Ele vai se aposentar.
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Mas assim como as mudanças vão ocorrer até o fim desse ano, o Citi vem buscando atrair os mais jovens para as suas salas. Mesmo com a venda da operação de varejo para o Itaú, o banco americano continua buscando atrair talentos da geração Millennial para as suas salas. “A empresa que não se renova não consegue ir mais longe”, diz Magalhães.
Para o executivo, apesar da marca no crachá ainda ser um importante catalisador de talentos, os profissionais mais jovens buscam mais. Eles querem resolver problemas e sentir que a atividade deles realmente contribui em algo para a empresa ou a sociedade. Se juntar os dois, melhor ainda. “Essa geração se sente atraída por resolução de problemas”, afirma.
Além dos desafios, no entanto, o Citi vem tentando se aproximar dos Millennials, especialmente quando analisada a sua matriz, nos Estados Unidos. Em Nova York, por exemplo, é comum encontrar diversos jovens utilizando as bicicletas compartilhadas da instituição, as Citibikes. Dentro de casa, o banco também oferece uma série de benefícios para os funcionários da geração Y.
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No ano passado, a instituição financeira anunciou planos de incentivo de carreira para os jovens. Os benefícios chamam a atenção. Afinal, não é toda a empresa que oferece a chance de se afastar um ano da empresa para fazer trabalho voluntário e com 60% do salário garantido pela instituição.
Em uma entrevista, Michael Corbat, CEO global do Citi e com 57 anos de idade, comparou o perfil dos jovens atuais com o dele mesmo, quando ingressou no banco. “Antigamente, importava o horário de horas que você trabalhava”, diz ele. “Agora, o que importa é quanto produtivo e bom você é em determinada atividade.”
O banco no Brasil também continua atraindo muitos jovens. No último programa de trainee, mais de 15 mil pessoas se inscreveram para concorrer a 31 vagas. “A carreira internacional também é algo bastante cobiçado por essa geração”, diz ele.