A tecnologia facilita muito a nossa vida, esse é um fato consumado. Ao mesmo tempo, em meio a tantas inovações, cada vez mais aparatos ficam obsoletos e sem uso – e nem sempre o seu descarte é feito da maneira certa. Assim, um novo movimento surge para lidar com essa situação: o Movimento Greenk (junção de geek e green) foi criado com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do descarte correto do lixo eletrônico (e-lixo).
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A iniciativa foi idealizada por um grupo de empresários da área de comunicação e já conta com parceiros como a Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto GEA, ABINEE (Associacão Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), ABRIN (Associação Brasileira de Reciclagem e Inovação), Synctronics e Virada Sustentável, entre outros. E ela deu vida ao Greenk Tech Show, evento de tecnologia e sustentabilidade que vai acontecer no mês de junho, na Bienal do Ibirapuera.
O evento conta com Arenas Games, Youtubers e do Conhecimento e vai convocar os apaixonados por tecnologia para um grande movimento em torno do descarte correto. Todo visitante que levar seu e-lixo para descarte no evento terá direito à meia entrada. A ideia é que todos os eletrônicos recolhidos durante os três dias de evento seja reencaminhado para seu desmonte correto e retorne, em sua maioria, para a indústria, como peças para novos equipamentos ou como matéria-prima.
Quadro
São considerados e-lixo (ou lixo eletrônico) os aparelhos eletrônicos usados, velhos ou quebrados, como celulares e smartphones, computadores, monitores, fios, mouses, teclados, tablets, bem como os domésticos como TVs, sons, telefones, etc. Como durante muito tempo construímos produtos, principalmente os tecnológicos, com a ideia de recursos infinitos, a preocupação com o que aconteceria com eles quando deixassem de funcionar ficou um pouco de lado. Segundo o Greenpeace, 50 milhões de toneladas de eletrônicos são descartados por ano em todo o mundo.
“O Brasil é o maior produtor de e-lixo da América Latina, com cerca de 1,2 milhão de toneladas ao ano”, explica Fernando Perfeito, executivo com mais de 15 anos de atuação no mercado de tecnologia. O especialista aponta que apenas 2% desse montante é descartado de forma correta. “Isso significa que a quase totalidade do e-lixo que geramos é desprezada sem nenhum tratamento, condenando terrenos e lençóis freáticos e representando riscos à saúde humana. Precisamos reverter essa realidade”.
Conscientização
Existem algumas formas corretas para descartar esse tipo de produto e essa ação faz com que eles sejam descartados de uma maneira ambientalmente responsável. Por exemplo, os canais formais dos fabricantes dos produtos e até mesmo pela ação de ONGs e empresas especializadas no assunto, como a Sobreira e a Green Eletron, uma ação da ABINEE.
O ato de descartar eletrônicos em lixos ou em locais que não tenham tecnologia ou ferramenta para tratar os materiais é bastante prejudicial. Em exposição ao sol, tempo e à chuva, os produtos podem vazar materiais que contaminam o solo e os rios.