Não, flexitarianos não são pessoas que trapaceiam ao tentar seguir uma dieta vegetariana. São pessoas que querem aumentar o consumo de refeições à base de plantas sem eliminar completamente a carne.
Pensando nesse público, a Marfrig lançou sua marca própria de hambúrgueres vegetais, a Revolution Burger. À base de soja, o produto se assemelha ao hambúrguer bovino em aparência, textura e sabor, embora ainda seja possível notar diferenças substanciais. A ideia é atingir tanto as pessoas que comem carne como os vegetarianos.
O lançamento da Revolution é um passo na estratégia da Marfrig de ampliar seu portfólio de produtos de alto valor agregado e oferecer ao consumidor opções que se adaptem a seus hábitos de consumo, paladar e conveniência.
Leonardo Pereira, diretor de Marketing da Marfrig, afirma que o mercado de flexitarianos ainda é pequeno, mas ressalta: “este é um processo de comprometimento da Marfrig em dar opções para o consumidor”.
A marca será comercializada em supermercados e restaurantes no começo de 2020. A Marfrig desenvolveu um hambúrguer exclusivo para o Outback. A receita entrará no cardápio da rede ainda no primeiro bimestre do ano que vem.
Esta não é a primeira vez que a produtora desenvolve um hambúrguer exclusivo para uma rede de restaurantes. Em setembro a empresa anunciou uma parceria com o Burger King para a comercialização de um lanche com hambúrguer vegetal.
Os consumidores devem encontrar o hambúrguer vegetal primeiro no Outback e na rede Almanara. Outras redes de food services estão negociando com a Marfrig, mas a empresa não abriu quais são. Cada restaurante que acrescentar o hambúrguer ao seu cardápio deve ganhar uma versão exclusiva do produto.
Nos supermercados a novidade deve ser lançada um pouco depois. A expectativa é que o produto esteja nas prateleiras ainda no primeiro trimestre de 2020, mas um pouco depois do lançamento nos restaurantes.
Mas a linha Revolution não deve ficar restrita ao varejo brasileiro. A Marfrig já tem agendado para janeiro um carregamento para a China. Europa e América no Sul também estão no radar para a exportação, mas ainda não há acordo fechado. “É uma marca que funciona no mundo inteiro”, justifica Pereira.
+ INOVAÇÃO
Empresas lideradas por inventores são mais inovadoras
Os dez maiores fracassos de tecnologia da última década