Jörg Friedemann é o novo CEO do MagaluBank, como é chamado internamente o braço financeiro da companhia. O executivo tem 25 anos de carreira nesse mercado – os últimos dois deles como responsável por relações com investidores e ESG no Nubank. Friedemann tem como missão o crescimento dos negócios da área, alavancados, sobretudo, pelo impulso dos produtos financeiros na plataforma digital do Magalu.
Atualmente, na rede física – composta por mais de 1.200 lojas e responsável por cerca de um quarto das vendas totais -, a penetração é de 40%. Nas plataformas digitais, que respondem por aproximadamente 75% das receitas, é inferior a 5%.
A expansão das atividades financeiras deve contribuir, de forma substancial, para a continuidade do processo de aumento da margem Ebitda do Magalu, atualmente de 8%.
Frederico Trajano, CEO do Magalu, afirma que o potencial de crescimento da vertical financeira é imenso, sobretudo com o aumento da oferta e da conversão em canais digitais. Segundo ele, a vinda de Jörg vai ajudar a companhia a aproveitar todo esse potencial.
No MagaluBank, sob a responsabilidade de Jörg Friedemann, estão a operação de crédito (representada pela Luizacred, joint-venture entre Magalu e Itaú), pagamentos, seguros (parceria entre Magalu e BNP Paribas Cardif), e o Consórcio Magalu. Hoje, a Luizacred administra mais de 6 milhões de cartões de crédito. No último balanço publicado pela companhia, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) foi de 30%. Os prêmios de seguros emitidos em 2024, por sua vez, superaram R$ 1,5 bilhão. E o crescimento da área de consórcios foi de cerca de 30% no ano passado.
“O Magalu está numa posição privilegiada para crescer na vertical financeira. Temos credibilidade, marca, escala com 35 milhões de clientes ativos, uma equipe muito competente e contamos com parcerias muito fortes e longevas. As oportunidades são gigantes”.
Jörg Friedemann, CEO do MagaluBank.
Crescimento
Nos últimos cinco anos, o Magalu reforçou o seu braço financeiro por meio de aquisições estratégicas, como a Hub Fintech e a Bit55. O grupo obteve licenças de instituição de pagamento e financeira, essa última conquistada em fevereiro deste ano.
Em 2024, o volume total de transações processadas (TPV) pela vertical financeira foi de R$ 100,1 bilhões. A base de cartões de crédito fechou o ano em 6,2 milhões de cartões, com uma carteira equivalente a R$ 20,3 bilhões. A joint-venture ainda registrou um dos menores índices de inadimplência da história.
No último balanço, a Luizacred atingiu um ROE de 30%, um benchmark para o sistema financeiro brasileiro. O lucro líquido registrado no ano passado foi de R$ 295 milhões. Já o lucro do Consórcio Magalu foi de R$ 41 milhões.