O Brasil atingiu um recorde importante: a produção de 2.989,2 megawatts médios (MWmed) de energia eólica em um único dia. A quantidade gerada pelos ventos no dia 20 de julho foi suficiente para abastecer aproximadamente 13 milhões de pessoas, com base no consumo de energia elétrica residencial de 166 KWh/mês. O Nordeste, região líder na produção desse tipo de energia, produziu 2.282 MWmed, e a Região Sul 707,3 MWmed.
A energia eólica apresenta forte crescimento na matriz elétrica brasileira. Em todo o mês de maio, 1.536 GW/h foram gerados pelos ventos, montante 57% superior ao mês de abril. Em um ano, a produção da energia eólica cresceu 179%, representando 3,5% do total da matriz de energia do Sistema Interligado Nacional.
No horizonte de oito anos, com a expansão dos parques eólicos, a previsão é que a fonte represente 11% da matriz elétrica brasileira. Segundo o Plano Decenal de Energia (PDE 2023), a participação das fontes de energia renováveis na matriz pode representar 83,8% até 2023.
Leilões
Os empreendimentos voltados para a construção de usinas eólicas voltaram a predominar entre as empresas cadastradas nos próximos leilões de 2015. O Leilão A-3, marcado para o dia 21 de agosto, recebeu cadastro de 475 empreendimentos, que totalizam 11.476 megawatts (MW) de capacidade instalada. Já o 2º Leilão de Reserva, marcado para o dia 13 de novembro, recebeu 730 empreendimentos eólicos, que somam 17.964 MW.
O outro lado
Porém, para o coordenador do Observatório do Clima, André Ferretti, o Brasil está na contramão dos investimentos em fontes limpas de energia. Enquanto países como China e Coreia investem muito em fontes renováveis, como solar e eólica (dos ventos), o Brasil, de acordo com o Plano de Expansão Decenal de Energia 2014/2023, prevê investir em torno de 71% dos investimentos projetados de R$ 1,263 trilhão em combustíveis fósseis e apenas 9,2% em fontes renováveis.
Todas essas questões serão debatidas no oitavo Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (Cbuc), que será realizado no período de 21 a 25 de setembro, em Curitiba (PR).
Com informações dos portais Ecodesenvolvimento e Ecycle.