Quem nunca usou o horário do almoço para pegar fila na Casa Lotérica ou banco só para pagar contas? Uma fintech nascida na Argentina quer acabar de vez com esse problema para o brasileiro.
O RecargaPay é uma carteira digital que possibilita o pagamento de boletos bancários, recarga de celular e de bilhete de transporte público. Para isso é preciso criar um usuário e transferir valores de contas em bancos tradicionais ou inserir créditos na carteira pelo pagamento de um boleto bancário gerado pelo dispositivo. Com o valor creditado é possível começar a fazer as transações.
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Gustavo Victorica, COO e co-fundador da plataforma, diz que a ideia surgiu há cerca de uma década, quando ele e o sócio trabalhavam no mercado de recargas. Os dois viram no grande uso de smartphones uma chance de melhorar a experiência do usuário de um mercado que já era forte.
“No Brasil, a maioria das linhas de celulares ainda são pré-pagos, mas a experiência de comprar crédito não costuma ser boa. Por isso vimos aqui uma oportunidade muito boa. Depois, percebemos que podíamos expandir para a carteira digital e democratizar o pagamento móvel”, completou.
Como para usar o aplicativo não precisa necessariamente de contas bancárias, o serviço deve atender principalmente os brasileiros que não tem conta em bancos ou que estão negativados, sem acesso ao crédito.
São Paulo
Para os moradores de São Paulo é possível também comprar créditos para o Bilhete Único, usado em metrô, trem e ônibus da capital. A recarga, no entanto, precisa ser finalizada no mesmo terminal que se comprado pela internet.
“O problema é a tecnologia usada no cartão. Como os créditos são armazenados no cartão e não em nuvem, é impossível pular a finalização no terminal”, completa Victorica.
A solução funciona hoje tanto em celulares conectados ou não pela internet. A intenção é expandir essa possibilidade para as outras cidades nos próximos meses.
Transferência entre pessoas
Parar no pagamento ou recarga de créditos está longe de ser a prioridade da RecargaPay. A empresa, que já faz 1,5 milhão de transações por mês, pretende expandir o serviço de transferência de valores entre os membros da plataforma.
“A nossa intenção é que, em algum momento, não seja mais necessário a intervenção bancária no sistema. As relações de pagamentos acontecerão entre os usuários da plataforma, em um modelo forte e unificado”, diz.