Você frequenta academia, seja para malhar, nadar ou dançar? No momento do fim da aula, o banho aconteça no estabelecimento ou você se dirige até em casa?

As perguntas parecem comuns ? e são ?, mas a diferença é que passamos por uma crise hídrica em casa, nas escolas, no trabalho, por isso tomar banho na academia se tornou uma opção para algumas pessoas. A psicóloga Karina Simão, 36, frequenta a academia Smart Fit próximo ao trabalho. Tomar banho onde malha é uma opção, mas poderá tornar-se uma solução já que sofre com a falta de abastecimento diário em sua casa, na Saúde.

?Se vier a ter mesmo o rodízio, penso sim em vir à academia só para tomar banho, mesmo que eu não faça ginástica?, disse Karina à Folha de S. Paulo.

Antonio Gandra, proprietário da Ecofit, diz que o movimento nos vestiários já aumentou. ?Muitos alunos passaram a tomar banho aqui para economizar água em casa. Colocamos ampulhetas nos chuveiros para que o banho não passe do tempo estipulado ali, de cinco minutos. Também instalamos campainhas que podem ser acionadas quando alguém estiver demorando muito?, conta.

A Ecofit possui poço artesiano e, por isso, Antonio acredita que não precisarão recorrer a caminhões-pipa caso o rodízio de água seja implementado. Mas, ainda assim, acredita ser importante adotar medidas para economia.

Redes de academia e o Sesc também se preparam para um aumento na utilização dos vestiários. Os grupos Bio Ritmo, Bodytech e Companhia Athletica afirmam que recorrerão a caminhões- pipa, saco seja necessário. ?Nas nossas unidades em shoppings, temos poços. Nas outras, estamos ampliando as caixas-d?água e pedindo licenças para abrir poços?, diz Luiz Urquiza, CEO da Bodytech, à Folha de S. Paulo.

Desde o início da crise hídrica, o Sesc reduziu o número de chuveiros nos vestiários para as pessoas serem mais rápidas nos banhos e instalou temporizadores nas pias. ?Fazemos uma campanha de conscientização para a economia. Somos acostumados a uma cultura de abundâncias e agora temos que nos habituar ao contrário?, comenta Danilo de Miranda, diretor do Sesc.

Ricardo Bilton, da Companhia Athletica, diz que ?ninguém vai ficar na mão. Não posso tornar a vida do aluno mais difícil?.

Com informações da Folha de S. Paulo.

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