As vendas da GAP caíram 4,91% no quarto trimestre do ano fiscal 2013/2014, dando continuidade a anos de desempenho fraco da varejista americana, que já foi a maior do mundo em seu setor e perdeu espaço para varejistas fast fashion, como Inditex e Uniqlo. Os analistas Brian Tunick e Bilun Caldeira, da consultoria norte-americana JP Morgan, construíram um gráfico que ajuda a explicar esse movimento, posicionando diversas marcas de vestuário a partir do preço médio de seus produtos e de sua capacidade de ser fashion ou básica.
A GAP figura praticamente no centro do gráfico. Não é a mais barata ? como a concorrente Uniqlo ou a Old Navy (que é do mesmo grupo da GAP), não é a mais fashion ? como sua arquirrival Zara, e não é a mais básica ? como a Everlane. Em preço, a GAP ainda perde para a American Eagle, H&M e, em valor no mercado da moda, para a Abercrombie & Fitch e para a Express.
?Não se sabe onde a GAP se encaixa na equação de valor no mercado da moda. Os preços e produtos da varejista têm sido inconsistentes e confusos ao longo da última década?, comentam os analistas. De acordo com a JP Morgan, para voltar a ter sucesso e estabilidade financeira a marca precisa definir melhor sua identidade.
Criada em 1969 nos Estados Unidos, a Gap Inc. é detentora das marcas GAP, Banana Republic, Old Navy, Piperline, Athleta e Intermix. Está presente em 90 países, inclusive no Brasil. Calcula-se que, com os impostos, aqui as peças custam até 35% mais caro que nos Estados Unidos. Com a busca pelos preços mais baixos, como anunciou desde que chegou ao País, a empresa foi obrigada a reduzir consideravelmente sua margem de lucro.
A GAP inaugurou sua primeira loja em território nacional em setembro do ano passado no Shopping Iguatemi, na capital paulista. A segunda foi no Shopping Morumbi e a terceira, já em abril deste ano, no Rio Grande do Sul. Neste mês, abriu sua primeira loja exclusiva para o público infantil no Shopping Cidade Jardim, também em São Paulo.
Confira gráfico construído pela JP Morgan: