O Facebook anunciou que está preparando uma “sala de guerra” para combater esforços para manipular o resultado das eleições no Brasil e nos Estados Unidos (em novembro, os norte-americanos vão eleger mais de 400 congressistas). O responsável pelo projeto disse que este é o maior esforço estratégico da empresa desde a passagem do computador para o celular, em 2011.
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Sob pressão após ser criticado por não combater campanhas de desinformação nos últimos dois anos, o Facebook agora corre para enfrentar as fake news. A sala deve ficar pronta na semana que vem. O espaço está sendo preparado no campus da empresa, que fica no Vale do Silício.
A Sala de Guerra (War Room) contará com 20 pessoas, que vão monitorar notícias falsas e excluir as contas fake que tentarem influenciar os eleitores em outubro (primeiro turno das eleições no Brasil) e novembro (midterms nos Estados Unidos). O fundador e presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, disse que a rede social está em uma “corrida armamentista” contra aqueles que tentam manipular os usuários da plataforma.
Na War Room, o Facebook está vai usar um software que ajuda a rastrear informações em toda a rede em tempo real, segundo Samidh Chakrabarti, responsável pela equipe de eleições e compromisso cívico. O programa vai exibir em painéis um conjunto de gráficos de linha e de barra com estatísticas que mostram como a atividade na plataforma está mudando. O programa permite que os colaboradores foquem em uma notícia falsa de grande circulação ou em um pico de contas automatizadas sendo criadas em um determinado local.
Para Zuckerberg, o Facebook está preparado para combater as tentativas de manipulação na rede social. A rede social bloqueou cerca de 1,3 bilhão de contas falsas entre março e outrubro do ano passado.