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Experiências em prédios históricos conectam gerações em São Paulo

Experiências em prédios históricos conectam gerações em São Paulo

Ao transformar prédios históricos em espaços de convivência, a cidade combina memória, cultura e inovação, criando experiências que atraem públicos de todas as idades e ressignificam sua identidade urbana.

São Paulo é uma cidade onde o passado e o presente convivem de forma única. Em uma cidade vibrante e marcada pela pluralidade, muitos edifícios antigos, com décadas de história, ganharam uma nova vida ao serem convertidos em espaços culturais e casas noturnas. Esses locais preservam memórias e características arquitetônicas, oferecem experiências, atraem públicos variados e reforçam a relevância cultural desses endereços. Além disso, impactam na vida noturna e cultural da maior cidade da América Latina.

Entre as construções marcantes da cidade está o Edifício Martinelli, que completou 100 anos de história em 2024. Ele foi o primeiro arranha-céu da cidade e, por muitos anos, o maior da América Latina. Em 2023, um novo capítulo passou a ser escrito na história do prédio: o Grupo Tokyo – que, no Centro da capital paulista, é responsável por uma casa noturna que leva o mesmo nome – venceu a concessão e assumiu quatro andares do prédio, além do térreo e do subsolo.

O centenário, do prédio foi comemorado com o projeto “M100: Martinelli 100 Anos”. Com isso, o espaço foi ocupado com instalações artísticas, feiras e eventos sobre arte, design, arquitetura, inovação e tecnologia.

Rafael Guedes, sócio do Grupo Tokyo, explica que a concessão, que durará 15 anos, prevê um investimento de obrigatório de R$ 50 milhões, porém, o valor investido será maior: cerca de R$ 100 milhões.

“Em 1924, foi o início da obra do Edifício Martinelli. Nós resolvemos usar o ano de 2024 para homenagear toda essa história durante todo o desenvolvimento desse tempo de projeto com o M100, que começou no dia 14 de Março de 2024, com o objetivo de ter 100 dias de ativações culturais, permitindo que as pessoas tivessem acesso e de novo esse contato com edifício, mesmo antes de toda a grande intervenção e investimento será feito”, conta. O sucesso foi tão grande que o projeto se estendeu por todo o ano e o prédio foi visitado por mais de 80 mil pessoas.

O futuro do Martinelli

A partir de 2025, inicia-se a reforma do espaço. A preocupação do Grupo Tokyo é preservar toda a história do local. Para isso, existe uma equipe dedicada à manutenção e restauro do prédio, garantindo que suas características sejam mantidas. O projeto deve gerar mais de 1.400 empregos diretos e indiretos durante sua implantação, prevista para ser concluída até o final do próximo ano.

“O Edifício Martinelli é o ícone da história da cidade e de toda a história da América Latina, culturalmente e arquitetonicamente. Simboliza o início de uma nova era de verticalização; foi o protagonista da toda essa expansão. O desafio é elevá-lo como protagonista de uma nova ocupação do centro da cidade, especialmente dessa área do triângulo histórico”, destaca. “A ocupação do Martinelli com cultura com arte com gastronomia através da concessionária, tem como objetivo realmente mostrar para as pessoas que esse território pode ser de tudo 24 horas. Hoje, o projeto que nós estamos trabalhando é para que ele seja esse grande agente de resgate de toda essa cultura que já existe no entorno”.

Tendência de transformação

Nos últimos anos, a transformação de prédios históricos em espaços culturais vem ganhando força como uma tendência que une preservação do patrimônio e inovação. Projetos como o do icônico Edifício Martinelli, em São Paulo, estão revitalizando a história das cidades e reaproximando a população de suas raízes culturais. “A cultura, de forma ampla, é muito bem-vinda para ajudar a preservar e a restaurar toda essa história. A economia criativa, em todas as suas vertentes, é uma alternativa viável para a ocupação de edifícios históricos”, afirma Rafael.

Restaurar construções centenárias não é apenas uma questão estética ou arquitetônica. É também uma maneira de compreender como o passado molda o presente. Do alto do Martinelli, o visitante pode observar a cidade de São Paulo em sua totalidade, compreendendo não só o desenvolvimento urbano, mas também a história que cada construção ao redor carrega.

Essa experiência de imersão histórica ganha um toque contemporâneo ao se integrar às tendências culturais e tecnológicas atuais. Exposições de arte, gastronomia, shows e instalações interativas fazem parte da curadoria pensada para atrair diferentes públicos. “A nossa preocupação é que o projeto seja plural, abrangendo todos os cidadãos em sua mais ampla conotação”, destaca.

Economia criativa e impacto cultural

Ao transformar espaços históricos em hubs de economia criativa, a experiência proporcionada ganha uma profundidade única. “Esses prédios históricos carregam toda uma história, tanto do equipamento em si quanto do entorno. Essa conexão entre passado e presente é o que faz da experiência algo inesquecível”, explica. Ele também reforça a importância de preservar essas memórias de forma organizada e sustentável, garantindo que as próximas gerações possam desfrutar do que foi cuidadosamente restaurado.

A revitalização de prédios históricos não é apenas sobre o passado. Trata-se de criar experiências que conectem pessoas à história, à cultura e à modernidade, de maneira integrada. O Martinelli é um exemplo de como a combinação entre preservação, criatividade e inovação pode transformar a percepção de um espaço histórico, tornando-o um verdadeiro protagonista cultural de São Paulo.

Espaços com história: um apelo emocional

A tendência de transformar prédios históricos em espaços culturais não apenas valoriza a herança histórica, mas também atende a uma demanda crescente por experiências que combinem nostalgia, arquitetura única e funcionalidades modernas. Além disso, tem conquistado também o público de eventos corporativos.

“Espaços históricos têm um apelo emocional muito forte. A Casa Melhoramentos, por exemplo, que já foi a Casa da Moeda, atrai clientes do setor financeiro que valorizam contar a história do local para seus próprios convidados”, afirma Marco Bordon, CEO do Grupo PHD Eventos. Esses locais, segundo Marco, agregam valor à experiência, permitindo que os participantes vivenciem a história de forma tangível. Elementos como arquitetura tombada, decorações originais e a oportunidade de explorar espaços tornam-se parte da experiência. “Até mesmo os organizadores aproveitam para explorar esse contexto histórico em suas comunicações, agregando valor à experiência”, explica.

Embora a conservação de prédios tombados exija cuidados específicos, o Grupo PHD Eventos encontrou formas de aliar preservação e modernidade. “Cada espaço tem suas particularidades, principalmente os tombados, que possuem regras específicas de conservação. Fazemos todas as adaptações necessárias, como infraestrutura acústica, iluminação e mobiliário”, detalha.

Conexões

Uma das características mais marcantes dos espaços históricos é sua capacidade de atrair diferentes gerações. “Espaços históricos atraem desde a Geração Z, que valoriza experiências únicas e diferenciadas, até gerações mais velhas, que têm uma conexão mais nostálgica com a história”, afirma. Isso demonstra a versatilidade desses locais, que podem ser palco de eventos formais, como conferências, ou celebrações descontraídas, como aniversários e encontros familiares. A procura por experiências autênticas se reflete na popularidade desses locais.

Além disso, a pandemia da COVID-19 trouxe uma nova perspectiva para o mercado de eventos e reforçou a importância de experiências presenciais. Segundo Bordon, há uma crescente busca por espaços que ofereçam algo a mais, como um ambiente histórico ou uma estrutura moderna. “Muitos começaram a trabalhar em home office, e os eventos passaram a ser momentos importantes de interação e experiência”, comenta.

Essa mudança de comportamento também influenciou a frequência dos eventos corporativos. “Hoje, vemos festas corporativas acontecendo mensalmente ou a cada 45 dias, em vez de semestralmente, como era antes”, complementa.

A tendência de transformar prédios históricos em espaços culturais e de eventos não é apenas uma forma de preservar o passado, mas também de reinventá-lo para o futuro. Esses locais, antes subutilizados ou esquecidos, agora ganham novos significados e se tornam protagonistas de experiências que unem memória e inovação.

Para Marco Bordon, o desafio de adaptar e revitalizar esses espaços é também uma oportunidade de criar conexões emocionais e culturais. E o mercado, ao que tudo indica, está mais do que preparado para abraçar essa ideia. Afinal, como destaca Bordon, “esse tipo de experiência faz com que as pessoas se sintam parte de algo maior”.

Revitalização do centro

Essa transformação, que mistura passado e presente, não é apenas uma tendência, mas também uma necessidade de preservar sua memória do centro da cidade. Quem explica mais sobre isso é Facundo Guerra, empresário à frente de empreendimentos como o Bar dos Arcos, dentro do icônico Theatro Municipal de São Paulo.

“O Theatro Municipal é um dos aparelhos culturais mais importantes de São Paulo e do Brasil. Ele simboliza a transição de uma cidade que, até o final do século XIX, era praticamente uma vila, para a megalópole que conhecemos hoje”, pontua. A escolha de abrir o Bar dos Arcos ali não foi casual. Para ele, estar em um local tão carregado de história permite criar experiências que conectam o presente ao passado, mantendo viva a memória do espaço.

A revitalização do centro de São Paulo, marcada pela ocupação de prédios tombados, vai além da estetização. É uma tentativa de humanizar a cidade e ressignificar o que significa ser paulistano. Segundo Facundo, “São Paulo é uma cidade que cresceu de forma desordenada e caótica, o que dificulta a criação de memórias coletivas. A identidade daqui sempre foi muito ligada ao trabalho, ao dinheiro e à violência. Mas essa identidade tem mudado desde os anos 2000. Hoje, temos uma nova São Paulo emergindo, mais conectada às artes, à cultura e aos espaços públicos”, reforça.

Exemplos não faltam: o Minhocão e a Avenida Paulista, que se transformam em espaços de convivência aos fins de semana, refletem essa nova dinâmica. Espaços históricos como o Theatro Municipal atuam como ancoragens temporais em uma cidade em constante transformação.

No caso do Bar dos Arcos, a conexão com o Theatro está em cada detalhe da experiência oferecida. “Já tivemos uma carta de drinks inspirada na Semana de Arte Moderna de 22 e outra em grandes personalidades que frequentaram o Theatro. Além disso, sempre divulgamos a programação do Theatro Municipal em nossas redes sociais, lembrando as pessoas que fazemos parte de um ecossistema cultural maior”, comenta o empresário.

Outro ponto importante é a diversidade do público que frequenta esses espaços. Facundo observa que esses lugares atraem tanto jovens, interessados em compartilhar suas experiências nas redes sociais, quanto casais mais velhos, que encontram ali uma oportunidade de reviver memórias. “Nossa intenção não é segmentar, mas criar experiências que sejam genuínas e conectem diferentes pessoas”, complementa.

Os desafios de trabalhar em prédios históricos

Apesar do grande potencial cultural, a ocupação de prédios históricos não é um caminho fácil. A burocracia envolvida em reformas e adequações para respeitar as regras de tombamento pode ser um entrave significativo.

Diante disso, o equilíbrio entre preservar a história e garantir a viabilidade econômica é essencial. A colaboração entre empresários e órgãos de preservação precisa ser intensificada para que mais espaços sejam recuperados e usados. “A iniciativa privada pode contribuir muito, especialmente porque o abandono é o que mais deteriora um prédio histórico. Um espaço vazio é um espaço que morre um pouco a cada dia”, pontua Facundo.

Tendência que veio para ficar

Facundo acredita que a ocupação de prédios históricos não é apenas uma tendência passageira, mas uma necessidade para a sobrevivência da cidade. Com tantos prédios abandonados no centro de São Paulo, a reintegração desses espaços à dinâmica urbana é uma oportunidade de transformar a cidade em um polo cultural, gastronômico e social.

O desafio maior é garantir que esses lugares sejam ocupados de forma consciente, respeitando suas histórias enquanto se adaptam às necessidades contemporâneas.

A ocupação de prédios históricos como espaços culturais é, acima de tudo, uma forma de conectar gerações e resgatar a identidade paulistana em meio ao caos urbano. Seja para apreciar um drink inspirado na Semana de Arte Moderna ou para simplesmente caminhar por um local repleto de memória, esses espaços revitalizados continuam a dar nova vida à cidade.

Para Facundo, “preservar a história é fundamental, mas também precisamos tornar esses espaços relevantes para as pessoas hoje. Um prédio histórico vivo é um prédio que continua contando histórias”.

*Fotos: Assessorias / Juliano Palma

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