O Black Friday se tornou um dos momentos mais aguardados do calendário do consumidor brasileiro. Paralelamente ao alvoroço em portas de lojas físicas do varejo, outro batalhão se posiciona em smartphones e notebooks na busca por oportunidades de comprar em maior volume pagando consideravelmente menos.
Levantamento realizado pelo Google para mapear o comportamento dos brasileiros nessa data mostrou que no ano passado, mesmo num cenário de crise econômica, as lojas online conseguiram faturar R$ 2,1 bilhões, o que representa um crescimento de 10% em relação a 2016. Os números revelam, também, que a data é a segunda preferida para compras no Brasil, perdendo apenas para o Natal.
Projeções para 2018
A pesquisa foi feita pela empresa Provokers e foi ouvir, no mês de julho, 1500 consumidores online, das classes A, B e C de diversas regiões do país com idade entre 18 e 54 anos. O estudo indica que, ao mercado, existe a possibilidade de aproveitar a esteira de entusiasmo gerada pela Black Friday para outros fatores que ocorrem num curto período após a data, como o décimo terceiro salário e o Natal.
O salto de conhecimento da data por parte do público nos últimos anos reforça a consolidação da ação no Brasil. Em 2014, apenas 27% dos consumidores conheciam a data, de maneira que em 2018 essa porcentagem subiu para 99,5% dos entrevistados. No recorte brasileiro, 70% dos internautas já aproveitaram a Black Friday para algum tipo de compra. Apenas na edição de 2017, os consumidores digitais brasileiros fizeram 3,8 milhões de pedidos com o gasto médio de R$ 1.178. Dos entrevistados, apenas 9% disseram que não pretendem aproveitar a ação para fazer algum tipo de compra esse ano.
Produtos desejados e receios
A edição de 2017 teve alta em produtos que não costumam ter oscilação de preço em períodos normais, como smartphones, TVs e eletroportáteis. Embora esteja em momento de intensa adesão por parte dos brasileiros, 37% dos entrevistados confessaram não participar da Black Friday por falta de confiança.