“Prática, treinamento e trabalho duro. Tempo para errar, tempo para pensar são necessários para desenvolver inovação”. Foi com essa reflexão que Juan Gasco, autor do livro Designpedia iniciou os trabalhos do Consumidor Moderno Experience Summit, na segunda parada do Innovation day no espaço La Nave. Este ambiente ganhou sua forma definitiva e atual há cerca de um ano, com o objetivo de formar, acelerar e conectar empreendedores que produzem inovação com profundo impacto social. Segundo Amália Vázquez, diretora do espaço, La Nave procura startups habilitadas a produzir inovação que façam diferença real na vida das pessoas. O empreendimento em si é uma releitura de uma antiga fábrica de elevadores que se conecta e apoia uma comunidade que foi duramente pela castigada pela crise financeira há 10 anos.
Na sequência, Alberto Levy, empreendedor serial, que saiu doo Brasil há 20 anos e radicado na Espanha, promoveu uma dinâmica intensa com o objetivo de fazer os participantes do Experience Summit a pensarem melhor sobre inovação, “a palavra mais falada que religião hoje em dia”.
O especialista chegou a trabalhar na Rede Globo de televisão, como programador, enquanto fazia mestrado em arte. Estudou no MIT para combinar tecnologia e arte – o que o aproxima de nosso conceito de tecnologista, apresentado por nós no Whow! Festival de Inovação. Um tecnologista é um profissional que usa a tecnologia como forma de expressão, com a mesma ambição que caracterizava os artistas plásticos de outrora.
Conferencista e mentor de startups em 4 continentes, Alberto Levy está à frente de dezenas de projetos de tecnologia, inovação e arte, inclusive com exposições realizadas no Moma. Ele convidou a plateia a pensar sobre criatividade, partindo da clássica premissa de que as crianças perdem essa capacidade a partir do momento em que entram na escola.
“Precisamos da criatividade porque ela faz a vida muito mais interessante. Uma forma de vida que adota originalidade e estabelece conexões únicas entre ideias distintas”, definiu o especialista. Ele propôs diversos exercícios, entre eles um no qual a delegação de mais de 150 lideranças foi dividida em grupos de 4 componentes. A ideia era pensar em 100 usos para um objeto simples, no caso um cabo USB.
O objetivo foi produzir pensamento incremental, diminuindo a inibição do grupo em compartilhar ideias, incentivando a usar todas as possibilidades imagináveis que a equipe oferece para atingir o resultado. Mas, sobretudo, o exercício ensinou o valor de construir ideias em equipe. Entre outras dinâmicas, Alberto também movimentou as pessoas, pedindo que todos mudassem de grupos e fizessem mapas mentais a partir de palavras aleatórias escritas individualmente por cada participante. Dessa forma, o pensamento divergente foi utilizado, ajudando a encontrar padrões e explorar tópicos.
Levy mostrou com suas dinâmicas o poder que a criatividade tem para resolver problemas, mobilizar equipes e reinterpretar a vida, dando a ela mais cor e sentido. Seu talento fez com a delegação do Consumidor Moderno Experience Summit incorporasse aprendizados de grande utilidade e aplicação prática para desenvolver e desbloquear as energias criativas de suas organizações.