Os últimos meses para a consultoria britânica Cambridge Analytica foram intensos, para dizer o mínimo. Porém, menos de 60 dias após o escândalo de vazamento de dados de 87 milhões de usuários que a empresa se envolveu com o Facebook, a Cambridge vai fechar as portas.
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Em anúncio oficial em seu site, a consultoria afirmou que entrou nesta quarta-feira (2) com pedidos de falência junto às autoridades do Reino Unido. Em breve, o mesmo processo começará a acontecer nos Estados Unidos. Os funcionários da companhia, inclusive, foram avisados para desligarem os seus computadores, de acordo com o jornal americano The Wall Street Journal.
Ainda em pronunciamento, a companhia refutou as acusações, chamando-as de infundadas. E que, apesar dos esforços para corrigir esses problemas, a empresa afirmou que as difamações causaram perdas de clientes.
Em março, o então presidente Alexander Nix foi suspenso do cargo pela Cambridge. Hoje, a companhia anunciou que executivos especializados em falência da consultoria em contabilidade Crowe Clark Whitehill LLP foram recrutados para realizar todo o processo de insolvência.
“Apesar da precária condição financeira da empresa, a Cambridge Analytica pretende cumprir integralmente suas obrigações com seus funcionários, inclusive em relação a períodos de aviso prévio, condições de rescisão e direitos de redundância”, afirmou, em comunicado, a companhia.
Entenda o caso
No fim de março, uma crise envolvendo Facebook e Cambridge estourou. No alvo da polêmica, o vazamento de dados pessoais de 50 milhões de usuários. Com esses dados, a Cambridge fazia campanha direcionada para eleições em todo o mundo, ajudando nos resultados do Brexit e na candidatura vencedora de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Pouco tempo depois, o Facebook mostrou que o buraco era ainda maior: cerca 87 milhões foram atingidas. Como? Por meio de um inocente aplicativo de perguntas e respostas. Inclusive os dados de Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, foram acessados
O caso levou o Facebook à lona. Mark Zuckerberg foi execrado e convocado a prestar depoimentos no Congresso dos Estados Unidos.