O centro foi inaugurado na semana passada como parte da programação do 6º Seminário Energia + Limpa, organizado pelo Instituto Ideal e pela UFSC, construído com o apoio financeiro do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
De acordo com o professor da UFSC, Ricardo Rüther, que está à frente da implantação, apesar da carência de profissionais capacitados ser muito forte, a energia solar ainda é o segmento das energias renováveis que mais emprega no mundo. ?Junto à busca constante por soluções que tornem a tarifa para energia solar mais competitiva, a capacitação é condicionante para o avanço das renováveis. Não é à toa que países como Índia e EUA investem muito nessa área?, destaca Rüther, que é também diretor técnico do Ideal.
Iniciado com um projeto em 2010, o prédio será inteligente, integrando diversas tecnologias fotovoltaicas. Administração, salas de aula, laboratórios e oficinas serão distribuídos em dois blocos. O prédio possui uma capacidade total de 100KWp, sendo que para total funcionamento o centro utilizará apenas cerca de 60% da energia gerada. “O restante será direcionado para o campo central na UFSC?, observa o professor.
Cerca de 25 estudantes do Grupo Fotovoltaica da UFSC, coordenado por Rüther, já estão atuando no local, mas, futuramente, quatro professores e suas equipes poderão usufruir do espaço.
?Sustentabilidade não é o mesmo que preservação. Um país que não tem como garantir sua independência no setor energético e que não pensa em desenvolver energias renováveis está com os dias contados?, afirmou Eron Bezerra, secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do MCTI.
Para o secretário, ensino e pesquisa que desenvolvam tecnologias alinhadas à realidade têm grande potencial de garantir a sustentabilidade para a população. O papel do governo neste contexto é estimular pesquisas e fomentar projetos. ?Para 2015, temos R$ 90 milhões destinados a financiamento, a 3,8% de juros ao mês. Precisamos estreitar a distância entre o governo, as instituições de pesquisa e ensino e as empresas privadas para que essa verba seja bem aplicada?.
Fonte: CicloVivo.