Números divulgados pela Nielsen mostram que o consumo no Brasil apresentou queda em 2013 pela primeira vez nos últimos dez anos. O índice Nielsen Retail Index ficou em 224 pontos no ano passado, pouco abaixo dos 225 de 2012, interrompendo uma alta que vinha desde 2002, quando o indicador anotava 172 pontos. O crescimento do endividamento dos consumidores (que alcançou 45,5% da renda acumulada em 12 meses, segundo o Banco Central), em grande parte impulsionado pela classe média, que gasta cerca de 15% mais do ganha (renda média de R$ 2924,00 e gastos mensais de R$ 3116,00, de acordo com o estudo Nielsen HomeScan 360), se soma à alta da inflação para criar um cenário em que o consumidor tem desenvolvido alternativas para manter o poder de compra conquistado no passado: redução do consumo fora do lar, diversificação de canais para otimizar o custo/benefício dos produtos, troca de produtos por opções mais baratas e redução dos volumes de compra.
Enquanto a frequência de ida dos consumidores a hipermercados, farmácias e bares / mercearias caiu no ano passado, segundo o indicador Nielsen | Homescan, outros formatos de loja, como supermercados, lojas de vizinhança e cash & carry, viram o consumo aumentar em 2013. Nesse cenário, a gestão de preços e a inovação são fatores fundamentais para o varejo competir em um contexto de endividamento e inflação.
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