Comprar é bom. Pesquisa feita pela Mintel, agência de inteligência de mercado, revela que os brasileiros associam compras com benefícios emocionais. Por exemplo, 24% dos consumidores afirmam que ficam felizes ao comprar novos produtos e 35% acreditam que comer fora é bom para fugir um pouco da rotina. No entanto, o cenário econômico e de consumo vem mudando. Vale apontar também que, ainda segundo a pesquisa, 17% dos Millennials se arrependem quando compram algo que realmente não precisam. Especificamente no Brasil, há ainda a situação econômica do País, que não está muito favorável.
Assim, uma das quatro principais tendências que impactarão o consumo em 2016, segundo a Mintel, será a Heróis da Pechincha. Já que modelos alternativos de aquisição, como a economia compartilhada, ajudam as pessoas a controlarem o que consomem, os consumidores brasileiros estão em busca disso.Compartilhamento, aluguel e troca possibilitam formas flexíveis para que eles mantenham o estilo de vida com o qual se acostumaram. ?Alugar um quarto na casa de alguém nas férias ou ainda alugar roupas de grife permitem, por exemplo, desfrutar de pequenos luxos sem precisar gastar uma grande quantia de dinheiro?, diz Graciana Méndez, analista de tendências da Mintel.
Assim, a especialista aconselha as marcas a mostrarem que podem proporcionar a mesma emoção que uma operação tradicional, mas sem o alto custo. Por exemplo, a pesquisa da Mintel constata que 14% dos consumidores são mais inclinados a comprarem um produto que eles experimentaram gratuitamente do que um que tenham visto anunciado.
Outra característica atraente do consumo colaborativo é a atmosfera social que ele cria através de produtos e serviços. A solidão é uma situação comum entre os consumidores brasileiros, com 37% admitindo que ser solteiro às vezes significa ser solitário. Empresas que operam com esquemas de consumo colaborativo devem promover a ideia de que também oferecem uma atmosfera social.
Por fim, com a economia compartilhada cada vez mais popular em vários países, os turistas estrangeiros durante os Jogos Olímpicos de 2016 vão esperar uma vasta gama de compartilhamento disponível. A Copa do Mundo da FIFA de 2014 ajudou a tornar plataformas de hospedagem como o Airbnb mais populares no Brasil. ?Marcas terão que oferecer soluções que possam atrair não só o público de fora, mas também os brasileiros, para que elas continuem atraentes após os Jogos?, aconselha Graciana.
A moda, especificamente com seus serviços de aluguel, é uma indústria onde temos visto essas novas ideias florescerem. Em 2016, as marcas de acessórios podem oferecer esquemas de aluguel e troca de joias, óculos, sapatos e bolsas. ?Como as pessoas se tornam mais atraídas por novos modelos de compra, as marcas que facilitarem essa forma de consumo vão se sobressair?, conclui.
Amanhã o site da Consumidor Moderno trará informações sobre a segunda tendência. Você pode baixar o estudo completo aqui.