A diversidade vem ganhando espaço nas rodas de conversas de executivos e executivas por todo o mundo. Um tema que geralmente entra na discussão é a dúvida se existe alguma correlação entre uma empresa mais inclusiva e resultados financeiros melhores? Segundo um estudo da McKinsey existe – e muita.
A diversidade de gênero dentro de uma companhia aumenta em 21% as chances dela ser mais lucrativa do que as empresas menos inclusivas. O levantamento da McKinsey mostra ainda que a diversidade étnica pode contribuir ainda mais para a rentabilidade: 33%.
Confira a edição online da revista Consumidor Moderno!
Para chegar a esse resultado, a empresa analisou 1007 empresas em 12 países diferentes por meio de diversas métricas de diversidade e desempenho financeiro – o que inclui ao Brasil. Por exemplo, foram analisados se as empresas possuem comitês de diversidade e a quantidade de mulheres em posições de diretoria.
“A correlação entre diversidade e desempenho financeiro é clara em diferentes setores e geografias: equipes mais diversas equivalem a um desempenho financeiro significativo”, afirma, em nota, Vivian Hunt, managing partner da McKinsey no Reino Unido e uma das responsáveis pelo trabalho.
Mulheres nas finanças
Em março do ano passado, o presidente Michel Temer disse que só a mulher era capaz de indicar desajustes no preço do supermercado. A colocação, no entanto, diminuiu e muito o papel da mulher nas finanças. Isso porque o setor de serviços financeiros é o que mais se destaca na questão de diversidade de gênero.
Ao mesmo tempo, contudo, o setor precisa ampliar a posição das mulheres em cargos de chefia – apenas 18% fazem parte dos times de executivos líderes, segundo a McKinsey.
Já o setor de telecomunicações, mídia e tecnologia se destaca mais no quesito de diversidade étnica. De acordo com a McKinsey, porém, é necessário que esse segmento esteja mais atento a inclusão de mulheres.
Ainda de acordo com o estudo, as empresas precisam tomar algumas iniciativas para que os resultados sejam realmente positivos. Não basta contratar. Os líderes, por exemplo, precisam entender de fato o que é diversidade e estimular isso.
Além disso, o aumento da diversidade também passa por iniciativas internas dentro da companhia, para que grupos se sintam, de fato, incluídos e não discriminados – como é o caso da comunidade LGBT.