O Índice de Expansão do Comércio (IEC), indicador que mede o ânimo dos comerciantes em investir no próprio negócio e em ampliar seu quadro de funcionários teve o pior resultado desde o início da série histórica em 2011.
Numa escala crescente de interesse que vai de zero a 200 pontos, o indicador produzido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) alcançou apenas 66,8 pontos em setembro, revelando uma queda brusca de 34% em relação ao mesmo mês de 2014.
O IEC contempla dois subíndices (Expectativa de contratação de funcionários e Nível de investimentos das empresas) que, segundo o resultado deste mês, seguem na mesma trajetória de queda. Em setembro, 68,8% das cerca de 600 empresas entrevistadas disseram que pretendem reduzir o quadro de funcionários nos próximos meses.
No setor de semiduráveis, o porcentual alcançou 75,3%, o maior entre as três atividades pesquisadas. Mesmo com leve crescimento de 0,2% entre agosto e setembro, na comparação anual o indicador de contratação de funcionários caiu 36,6%, atingindo 75,1 pontos.
Os resultados estão diretamente relacionados à eliminação de vagas no comércio paulistano que, de acordo com levantamento da Federação, registrou entre janeiro e julho deste ano saldo negativo de mais de 14 mil empregos formais. O ramo de Lojas de vestuário, tecido e calçados, que faz parte do setor de semiduráveis, liderou o corte de vagas no período (6.924).
Do total das empresas entrevistadas, 76,5% estão investindo menos do que em 2014. O setor de bens duráveis, cujas vendas despencaram nos últimos meses, é o que mais sentiu esse impacto: 80,5% dos empresários do setor reduziram seu aporte de investimentos. Na área de semiduráveis, esse porcentual atingiu 77,1%.
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