Anualmente, Mary Meeker publica um relatório sobre as tendências da internet. A analista do fundo de capital de risco Kleiner Perkins Caulfield Byers (KPCB) mostra os destinos do mundo digital. Mary destacou o crescimento do e-commerce em geral e a ascensão das lojas e serviços virtuais da China.
Celular e as redes sociais
O relatório mostrou como os smartphones estão impulsionando o uso das mídias digitais. Nos Estados Unidos, uma pessoa adulta passava 2 horas e 47 minutos nas mídias em 2008. Durante este tempo, em apenas 18 minutos os usuários estavam no celular. Já em 2017, a média dos norte-americanos foi de quase 6 horas – 3 horas e 18 minutos no smartphone.
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Os usuários dos Estados Unidos passaram mais tempo nas plataformas de áudio – cerca de 30% do total gasto nas mídias digitais. As mídias sociais vêm em segundo lugar, com 25% das horas gastas. Segundo o eMarketer, as recentes crises do Facebook (uso de dados, notícias falsas e interferência russa nas eleições dos Estados Unidos) não devem afetar o tempo gasto na rede social de Mark Zuckerberg. De acordo com o portal, o tempo médio em 2018 deve ser de 42 minutos, o que representa um aumento de 1,8% em relação a 2017.
A voz está melhorando
Em 2017, a taxa de precisão do serviço de voz do Google atingiu 95%. O dado, que é divulgado pela própria empresa, mostra a evolução desta tecnologia. Em 2013, a precisão do Google em entender o que as pessoas diziam não chegava a 80%. Porém, o Amazon Echo ainda domina o mercado norte-americano. São mais de 30 milhões de bases instaladas nos Estados Unidos no final do ano passado. A previsão do eMarketer é que o número de usuários dos alto-falantes inteligentes cresça 47,9% entre 2016 e 2020. A estimativa mostra que 22,9% da população norte-americana estará usando o Google Home, Amazon Echo ou produtos similares em dois anos. A tendência pode ser ainda mais forte, já que a Amazon está apostando nas novas gerações. Em abril, a empresas de Jeff Bezos lançou um aparelho que faz piadas e ensina boas maneiras para crianças.
Crescimento do e-commerce
O relatório sobre a internet dedica um espaço para falar sobre o comércio eletrônico. O destaque é o crescimento do e-commerce nos Estados Unidos. No comparativo anual das vendas entre 2016 e 2017, houve aumento de 16%. Em 2017, o faturamento das lojas virtuais superou os US$ 400 bilhões, marca que ainda não havia sido alcançada.
Os chineses já chegaram
A China foi responsável por 67,1% das vendas do m-commerce no ano passado. Cinco atrás, apenas duas chinesas estavam no ranking das 20 maiores empresas da internet. Hoje, o país asiático tem nove empresas na lista e perde apenas para os Estados Unidos, que tem 11. Juntas, as companhias da China valem US$ 1,46 tri. Só o Alibaba vale US$ 509 bilhões, a empresa vem investindo na indústria de filmes, inteligência artificial e tecnologia financeira. Outro gigante da Internet chinesa é o Tencent, a empresa é conhecida pelo WeChat. Recentemente, o aplicativo superou a marca de um bilhão de contas.