Em quatro dias de atrações o Design Weekend (DW!) desembarca em um momento complexo para o Brasil. Coincidentemente, vem com propostas espontâneas e simples, principalmente no âmbito moveleiro e decorativo. O que antes parecia um casamento oportunista entre o novo e o velho, agora, é solução econômica e de design ao consumidor que busca se manter moderno.
A não ser pelas telas artísticas do chileno Enrique Rodríguez, que trabalha uma sofisticada arquitetura de papel por meio de materiais orgânicos, e de outros poucos talentos, a utilização de materiais recicláveis é quase deixada de lado. Uma das principais mudanças é que o próprio design passa a estar centrado não apenas no indivíduo, mas no papel social.
Design crise
A partir de grandes figuras do mercado brasileiro e internacional, e pequenos participantes, o DW uniu o know-how de artistas a um público que ainda não respira design todo dia, mas que se interessa. Segundo os organizadores, a estimativa de público foi de 1 milhão de pessoas impactadas pelo festival de 2015.
O design é importante à primeira impressão dos clientes, mas gera desconforto no momento da compra. Por questões práticas à economia brasileira, a usabilidade e necessidade estão carrascais. Em tempos de crise, a tão sonhada reforma da casa é deixada em segundo plano e a troca de itens, principalmente os que dão personalidade aos ambientes, tomam a linha de frente. Representam mudanças com baixo orçamento.
Esse novo cenário requer que designers, sejam eles de múltiplas áreas, trabalhem em ideias significantes, e, sobretudo, colaborem em aproximar a beleza dos custos. O festival urbano uniu o design e suas conexões e vale ser acompanhado em suas próximas edições.