Quem é Millennial sabe que a sala de aula é um lugar mais do que ultrapassado. Sentar em uma cadeira e ouvir professores trabalhando em um método antigo e verticalizado, em muitos casos, não colabora com o aprendizado. Por isso, está mais do que na hora de buscar novas técnicas.
A Udemy, então, é uma plataforma que chegou na hora certa. Ela funciona como um maketplace global de cursos online e, por meio dela, o consumidor pode aprender e ensinar. “Essa é a grande diferença”, explica Sérgio Agudo, diretor de Marketing para o Mercado Brasileiro da Udemy. “Da forma como fazemos, a educação acaba sendo feita por pessoas comuns e especialistas na área, que conseguem adquirir conhecimento rápido, de forma direta e com um tema especifico”.
Assim, ele comenta que o tema bitcoins, por exemplo, vai demorar para chegar até uma escola formal. Porém, já está disponível nos cursos da Udemy. “Acreditamos que o Brasil é um país continental, jovem, conectado a tecnologias novas e foi por isso que escolhemos o país para estar mais presente”, diz.
Conhecimento compartilhado
Como comenta Agudo, o conceito de economia compartilhada surgiu a partir da divisão de itens como carros e casas. Exemplos disso são o Uber e o Airbnb. “O que nós fazemos é compartilhar conhecimento”, defende. Uma vez online, o curso pode ser replicado e revendido para diversas pessoas e localidades. “É um modelo muito novo e eu acredito que a tendência é que haja muito compartilhamento no futuro”, explica.
Como funciona?
Na Udemy, há cursos em mais de 80 línguas, mais de 20 mil instrutores, e aproximadamente 11 milhões de alunos. A empresa não é dona do conteúdo e o valor pago pelo aluno é dividido entre o instrutor e a companhia. A questão, porém, é que quanto menor é a participação da Udemy na divulgação do produto, maior é o dinheiro recebido pelo professor. “Nós vendemos o seu curso, então, temos um meio por onde recebemos o dinheiro e passamos para o instrutor”, explica o diretor. “Promovemos o curso para a base de alunos, então podemos funcionar como uma vitrine para os cursos. Nesse caso, pedimos uma taxa. Se o instrutor vender o curso para uma base sua de alunos, sem a nossa ajuda, teremos uma comissão de 3%”, exemplifica.
Presença no país
A empresa está há mais de um ano no Brasil e já oferece mais de 600 cursos. Os valores foram definidos com a intenção de torná-los acessíveis: os preços são de R$ 50 a R$ 200. Além disso, a Udemy tem uma parceria, iniciada em abril, com a Estácio de Sá, para que os alunos utilizem a plataforma. “O aluno brasileiro está sempre usando o mobile e a nossa plataforma permite que o curso seja baixado no celular e visto sempre, mesmo sem internet”, conclui Agudo.