A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou no último 24 uma proposta de reajuste de quase 43% sobre o atual valor da bandeira tarifária vermelha patamar dois – justamente a mais cara do sistema nacional elétrico. Em linhas gerais, o distribuidor cobra esse valor quando há escassez hídrica e, dessa forma, é obrigado a acionar as usinas térmicas, que são mais onerosas e usadas apenas em épocas de alta demanda de consumo de energia.
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A proposta será submetida à consulta pública, podendo sofrer mudanças. O anúncio oficial pode ocorrer nesta sexta, dia 27.
Se o reajuste for aprovado, quando a bandeira vermelha patamar dois for acionada, os consumidores deixarão de pagar os atuais R$ 3,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) e passarão a pagar R$ 5 de taxa extra, já a partir de novembro.
A agência também sugeriu alteração da bandeira tarifária amarela, que poderá ficar 50% mais barata, passando de R$ 2 para R$ 1 de cobrança extra a cada 100 kWh. A bandeira amarela é a primeira da escala de cobrança adicional na conta de luz.
Segundo a Aneel, o objetivo da medida é reajustar os valores que as distribuidoras cobram dos consumidores para custear a compra de energia elétrica – custos que aumentam sempre que as usinas térmicas precisam ser acionadas para suprir o mercado consumidor, devido ao baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, que são a principal fonte de abastecimento no setor elétrico brasileiro.
Como funciona a bandeira tarifária?
A conta de luz é classificada por cor. São elas: verde, amarela e vermelha. Cada uma delas indica, a cada mês, se a energia custará mais ou menos em função do custo extra das distribuidoras com o uso de termelétricas. As bandeiras tarifárias funcionam como um semáforo de trânsito: a bandeira verde significa custos baixos para gerar a energia, portanto, a tarifa de energia não terá nenhum acréscimo naquele mês. A bandeira amarela indicará um sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando. Já a bandeira vermelha mostra que o custo da geração está mais alto, por exemplo, com o maior acionamento de termelétricas. As bandeiras amarela e vermelha apresentarão custos extras nas contas de luz para cada 100 quilowatts-hora consumidos
Como funciona o consumo na prática
Um dos maiores vilões do consumo, sem dúvida, é o chuveiro elétrico. Em média, a sua potência 4000 watts. Se o tempo no banho for de 10 minutos diários, isso significa que no mês serão 300 minutos ou cinco horas.
Para identificar o valor gasto, basta usar uma simples fórmula:
Quilowatt hora = tempo x potência do aparelho dividido por 1000. Logo:
O resultado dessa fórmula aplicada a fórmula é igual a 20 KWh por mês.