De que forma o comportamento de um povo pode influenciar o uso das redes sociais? Em um painel mediado por Stella Kochen Susskind, CEO da consultoria Shopper Experience, ficou claro que a resposta para essa pergunta é “muito”. Descendente de imigrantes judeus, Stella mantém as tradições de seu povo e, naturalmente, cresceu em um ambiente judaico.
No painel, ela contou sobre a origem da palavra íidiche “guisheft” que, traduzida para o português, pode ser entendida como “bons negócios”. Stella cresceu ouvindo essa palavra em sua família e, por acaso, um dia, foi convidada a entrar em um grupo de mesmo nome, nas redes sociais.
Foi dessa forma que a especialista em experiência de compra conheceu o Guisheft, um grupo formado por membros da comunidade judaica que tem como foco a troca de produtos, serviços, etc. A ideia de criação desse ambiente virtual surgiu depois de uma viagem da administradora Nathalie Kamkhagi à Israel. Inspirada pela cultura que o Estado judeu inspira, ela retornou ao Brasil querendo ajudar as pessoas. E por que não contar com a internet para isso?
Com o tempo, o grupo foi crescendo e Nathalie percebeu a necessidade de ter ajuda na administração do ambiente digital – afinal, o grupo tem espaço para tudo, inclusive para algumas confusões engraçadas. Nesse ponto, conheceu Marta Hepner Tkacz, que também é judia e passou a colaborar com os cuidados do Guisheft. Como ela conta, hoje já há quatro guishefts, com quatro focos diferentes e um total de 14 mil membros. Para Nathalie, inclusive, um dos pontos mais importantes é que o grupo une a comunidade judaica, aproximando as próprias pessoas e também tornando mais fácil o acesso ao judaísmo.
Vida saudável
No painel, também esteve presente Adriana Salles, diretora-geral do Clube Floow. A empresa fundada por ela também atua em um nicho – mas desta vez não há nenhuma relação com o povo judeu. O Clube Floow, na verdade, busca facilitar a execução de atividades físicas visando a melhoria da saúde e não necessariamente a questão estética.
Nesse serviço, é possível receber dicas de profissionais, estabelecer metas e, por exemplo, descobrir como é possível atingir objetivos em determinados períodos de tempo. Para Adriana, idealizadora desse negócio, é fundamental que haja ideias voltadas para nichos – justamente porque há pessoas que buscam informações voltadas especialmente para elas.