A busca das empresas de comércio por crédito aumentou 10,6% em fevereiro, frente ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Serasa Experian, divulgados hoje (17). Na comparação com janeiro, a alta foi menor, de 5,5%.
O setor apresentou a maior alta na comparação anual. Já o setor de serviços apresentou aumento de 8,3%, frente a fevereiro de 2014, e de 6,6%, na comparação com janeiro. O setor industrial mostrou forte queda na comparação anual, de 22,7%. E alta de 3,6%, frente a janeiro.
Em comparação com o primeiro bimestre do ano passado, o comércio exibiu a maior elevação novamente: 9,8% frente ao mesmo período do ano passado. No setor de serviços a alta foi de 7,3% ao passo que na indústria houve acentuada retração interanual de 14,1% na demanda empresarial por crédito nos primeiros dois meses de 2015.
Considerando as empresas de maneira geral, a busca das empresas por crédito aumentou 4,8% em fevereiro, frente ao mesmo mês do ano passado e de 5,8%, frente a janeiro.
Considerando o primeiro bimestre do ano, a busca das empresas por crédito avançou 5,6% em relação ao primeiro bimestre de 2014.
O aumento na comparação anual foi influenciado pelas micro e pequenas empresas, que elevaram a demanda por crédito em 5,9%. Nessa mesma base, a busca por parte das médias e grandes empresas recuou 11,5% e 3,7%, respectivamente.
Segundo economistas da Serasa Experian,a busca mais intensa por parte da micro e pequenas empresas “pode significar que, diante da maior seletividade e rigor creditício junto às instituições financeiras, dado o atual quadro econômico mais adverso, as micro e pequenas empresas estariam buscando outras fontes alternativas de financiamento, como o crédito mercantil, por exemplo”.
Frente a janeiro, as MPEs demandaram 6,2% mais crédito e as médias e grandes apresentaram recuo nessa busca de 0,1% e 1,3%, respectivamente.
No acumulado do primeiro bimestre, a elevação da busca por crédito ocorreu apenas nas micro e pequenas empresas, com alta de 6,7%. Nas médias empresas o recuo interanual no primeiro bimestre foi de 10,9% ao passo que nas grandes empresas a queda foi de 2,3%.
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