Os gastos do brasileiro para o Dia dos Pais devem ser mais modestos. De acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), indica que 43,8% dos consumidores pretendem gastar menos com presentes neste ano, em relação ao ano passado.
Segundo o levantamento, 76,8% acreditam que os presentes estão mais caros do que em 2014. Além disso, 66,4% dos consumidores responderam que têm intenção de comprar apenas um presente.
De acordo com Honório Pinheiro, presidente da CNDL, o consumidor vê o seu poder de compra diminuir em razão do cenário econômico. ?Com o crédito cada vez mais restrito, a inflação elevada e as altas taxas de juros, o poder de compra fica reduzido e a principal medida para salvar as finanças é o corte de gastos. Exemplo disso, é que em outras datas comemorativas recentes como Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados, o comércio também apresentou um resultado decepcionante, com queda no volume de vendas parceladas”, avalia Pinheiro.
O principal motivo apontado pelos respondentes para a contenção de despesas é o endividamento para 24,4%. Principalmente entre as pessoas das classes C (26,8%) e com idade entre 35 e 49 anos (36,5%). Outras justificativas citadas foram a necessidade de economizar (18,45%) e o desemprego (16,6%).
O levantamento mostrou também que o valor médio por presente será de R$ 119,83. Menos que os R$ 138,00 apurados pelo SPC Brasil para o último Dia dos Namorados. E os pagamentos devem ser feitos à vista em dinheiro para 53,3%. Em seguida, bem menos expressivo aparece o cartão de crédito parcelado (18,3%), cartão de crédito à vista (13,6%) e cartão de débito (8,5%). Segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, o dado está coerente com o atual momento econômico. ?As pessoas se veem obrigadas a cortar despesas para driblar a inflação e também estão menos seguras em seus empregos. Por isso o ideal é evitar o abuso de parcelamentos e realizar todos os pagamentos a vista”, analisa.
A procura pelo presente deve de intensificar nos próximos seis dias, pois 66,7% dos entrevistados disseram que deixariam para comprar nos primeiros dias de agosto, 9% disse que vai deixar para a última hora, ou seja, no sábado que antecede a data.
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