Conquistar a sua própria casa é um desejo de muitos brasileiros. Porém, os consumidores encontram dificuldades nesses planos. Uma pesquisa realizada pelo VivaReal mostra que 79% dos consumidores não encontram seu imóvel desejado desde setembro de 2016.
Entre os entrevistados, 65% buscam imóveis para comprar, 25% para alugar e 10% desistiram da compra. Entre os possíveis compradores, 42% desejam locais usados e 23% procuram por lançamentos. O tempo médio de perspectiva para efetivação da compra de até seis meses.
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Lucas Vargas, CEO do VivaReal, aponta que o setor imobiliário precisa entender o consumidor para atender a demanda de brasileiros que ainda buscam sua nova moradia. “As jornadas de compra da casa própria ou de aluguel são complexas e os recentes fatores macroeconômicos e políticos aumentaram os desafios de um processo demorado”, destaca.
Como a decisão de compra ou aluguel leva em consideração muitos fatores, é natural que demore. Assim, para o executivo, as empresas precisam investir em diferenciais para lidar com o público. “O setor está se reinventando para melhorar a experiência e o processo de busca, oferecendo serviços personalizados, novas modalidades de pagamento e crescimento de fontes de acesso a crédito”, analisa.
Finanças
Os consumidores apontam que o financiamento (54%) é a principal forma de pagamento desejada para os imóveis usados, seguido por permuta (24%), pagamento à vista (20%) e consórcio (3%). Para lançamentos, o financiamento também é apontado como a modalidade que será mais usada para levantar o valor e representa 77%, seguido do pagamento à vista (11%), permuta (10%) e consórcio (2%).
Para aqueles que buscam imóvel para aluguel (25%), a pretensão é efetivar a transação por meio de antecipação de parcelas como garantia de pagamentos futuros (50%), seguida do fiador (30%) e do seguro fiança (20%).
Perspectivas
O levantamento da VivaReal mostra que 76% dos consumidores e profissionais do mercado imobiliário acreditam que os preços estão altos nos dias atuais. Mesmo assim, 55% dos consumidores e 66% dos corretores/imobiliárias apostam na estabilidade dos valores pelos próximos seis meses.
“É importante entendermos as percepções de todos, pois dados da pesquisa revelam inclusive que o setor está mais propenso a flexibilizar negociações do que esperam os consumidores no segundo semestre”, aponta o CEO. A flexibilização é esperada por 57% dos consumidores e 49% das empresas.
A Pesquisa de Expectativas 2º Semestre 2017 foi realizada com 1.323 consumidores, 482 Corretores, 432 Imobiliárias distribuídos em 25 estados e 177 cidades do Brasil. O perfil do consumidor é equilibrado entre público feminino (50%) e masculino (50%). Os entrevistados são casados ou estão em união estável (57%), solteiros (32%), divorciados (10%) ou viúvos (1%). A renda familiar de 63% dos respondentes é superior a R$ 3.418 por mês e a faixa etária está concentrada entre 25 a 39 anos (43%).