Muitas empresas e consultorias citam os benefícios e maravilhas do blockchain (essa rede de informação formada por blocos ou computadores entrelaçadas igual a correntes) para o ambiente corporativo. O Walmart utilizou a tecnologia para rastrear a carne suína distribuída na China – uma forma de minimizar os problemas decorrentes de contaminação. Há casos de rastreamento da origem de alguns diamantes em países do centro do continente africano (os chamados diamantes de sangue). Mas o que empresas brasileiras tem feito a respeito?
Um exemplo e possível indicativo do uso da tecnologia dentro do setor financeiro foram anunciados em um comunicado assinado pelo Bradesco e a Brasil, Bolsa, Balcão (B3, a bolsa de valor oficial do Brasil). Elas informaram que deram início as discussões para o desenvolvimento de uma plataforma de registro de ativos, baseada no conceito Distributed Ledger Technology ou simplesmente blockchain.
Processos
O desenvolvimento da plataforma vai ocorrer dentro da R3, uma empresa de software parceira da B3 e do Bradesco especializada nesta tecnologia. Esta plataforma é inédita para o mercado financeiro e de capitais e tem como objetivo:
- Simplificar o processo de registro de CDBs;
- Ampliar a eficiência dos processos existentes;
- Proporcionar inovações tecnológicas; e
- Reduzir esforços e custos de observância por parte de participantes e reguladores.
Essa iniciativa, que foi concebida e desenvolvida dentro do laboratório do Bradesco, o inovaBra Lab, será aberta para a participação de outras instituições financeiras e fintechs.