Um das primeiras barreiras de desconfiança do blockchain diz respeito a segurança. É algo natural, uma vez que estamos diante de uma tecnologia emergente e que ganhou notoriedade por causa de um dos seus subprodutos: o Bitcoin e todas as outras criptomoedas.
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Entender o Blockchain, como já mencionado anteriormente, é mais fácil do que parece: as informações são armazenadas em uma espécie de bloco. Cada bloco (de dado) contém uma espécie de assinatura digital, a chamada “hash” — o hash funciona basicamente como uma impressão biométrica. Em suma, o hash é a garantia criptográfica de que as informações desse bloco de dados não serão violadas.
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Quando um novo bloco é criado, além de ter uma hash própria, o também o transporte da hash do bloco anterior. Tem-se então o motivo do nome blockchain: a corrente de blocos.
Mas e quanto a segurança?
De acordo com Carl Amorim, country executive da Blockchain Research Institute, o segredo da segurança do blockchain não está necessariamente na criptografia. O trunfo é a confiança entre usuários – por isso o apelido do blockchain de A Internet da Confiança.
“Você precisa de um consenso para entrar na rede. Para fazer qualquer tipo de fraude, é necessário um computador mais rápido e mais poderoso que todos os computadores que compõem a corrente de blocos. Em outras palavras, você teria que fraudar todos esses computadores e ao mesmo tempo. A grande trunfo não está na criptografia ‘ inviolável’. O segredo está na distribuição da informação, pois qualquer tipo alteração em um arquivo dentro do blockchain seria tão caro que é melhor trabalhar em favor dessa tecnologia e não contra”, explica Amorim.
Outra dificuldade para quebrar essa corrente de confiança é o alto consumo de energia elétrica. Em tese, invadir uma corrente de blocos dessa magnitude demandaria uma quantidade de energia similar ou maior que aquela usada em toda a corrente. Por exemplo: se 100 milhões de computadores estiverem na corrente, seria preciso uma quantidade de energia no mínimo igual a 100 milhões.
Impossível de invadir? A breve história dos hackers mostra que não há segurança totalmente inviolável. No entanto, estamos diante do que há de mais seguro em transmissão de dados. E isso gera confiança, que é justamente a base do blockchain.