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Os benefícios do embedded finance para a sua marca

Os benefícios do embedded finance para a sua marca

Cada vez mais comum no Brasil, o embedded finance é uma maneira de tornar a marca mais atrativa para os consumidores. Entenda

A integração de serviços é uma das estratégias mais buscadas pelas empresas atualmente. As novas tecnologias fizeram com que grandes e pequenos players passassem a oferecer diferentes tipos de serviços a seus consumidores, integrando funções a fim de tornar o dia dos clientes mais facilitado. É nesse contexto que se encontra o conceito de embedded finance, que integra serviços financeiros à empresa e aumenta o leque de possibilidades aos clientes, fazendo com que a marca se torne cada vez mais relevante para eles.

A expressão embedded finance traduzida de maneira literal para o português significa “finanças embutidas”. Como o nome sugere, o conceito trata-se de embutir serviços e soluções financeiras em uma empresa que não é, tradicionalmente, do setor bancário, como prestadoras de serviços e varejistas. Assim, os clientes não precisam recorrer aos bancos tradicionais para fazer alguma transação, por exemplo.

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Segundo Fábio Leger, CEO da fintech iCertus, esse é um conceito que está ganhando força no Brasil e no mundo nos últimos anos, mas que ainda tem muito a crescer por aqui. “Grandes empresas já vêm implementando o embedded finance há algum tempo, mas no Brasil ainda há espaço para desenvolvimento, já que por aqui existem cerca de cinco grandes bancos que concentram mais de 90% da cadeia de serviços bancários”, afirma.

Um dos pontos positivos do embedded finance está exatamente nessa diversificação, segundo o CEO, pois faz com que a competitividade aumente, dando mais possibilidades para os consumidores não dependerem mais de grandes bancos para estarem inseridos na economia.

“Essa concentração de serviços em poucos bancos torna o mercado menos competitivo. Quando uma empresa aplica o embedded finance, seu cliente tem a opção de utilizar seus serviços se quiser, não dependendo de bancos tradicionais. O Banco Central está criando novas normas para tornar esse setor cada vez mais competitivo para que novos players venham a utilizá-los”, explica o executivo.

A importância para a marca

O grande benefício visto por Fábio Leger para as marcas é elas se tornarem mais atrativas para seus consumidores, além de mais fiéis. Afinal, “se você tem um cartão de uma loja específica, com um bom limite de crédito, a chance de você consumir mais daquela loja é muito maior, pois está facilitado para você”, diz.

Além disso, oferecendo uma diversidade de serviços, que vão além do produto em si, a empresa também expande seus mercados e diversifica sua rentabilidade, sendo algo benéfico a longo prazo.

O embedded finance também é visto como um potencial de mudança nas soluções financeiras em diversos nichos do mercado. Com as fintechs em ascensão e serviços como banking as a service, empresas conseguem criar diferentes facilidades a seus clientes sem ter que criar todos os sistemas do zero, por exemplo.

Outro ponto é que há diferentes maneiras de oferecer soluções financeiras. Segundo o especialista, muitas empresas oferecem serviços em meios de pagamento, outras em financiamentos, empréstimos ou seguros. Assim, é possível pensar em opções que atendam às necessidades do cliente dentro daquela empresa.

Embedded finance na prática

Aplicar soluções financeiras na empresa exige atenção com as necessidades dos clientes para que os melhores serviços sejam oferecidos. Entre as mais comuns estão:

● contas digitais;
● cartões de crédito;
● cartões de compras;
● meios de pagamento próprio;
● empréstimos;
● financiamentos;
● seguros para bens duráveis;
● seguros de vida, entre outros.

Um exemplo brasileiro de embedded finance é o PagSeguro, que faz parte do Grupo UOL, conhecido como uma empresa de conteúdo e jornalismo. Criado em 2006 como BRPay e comprado pelo grupo em 2007 já como PagSeguro, é a empresa mais rentável e oferece soluções de pagamento, para vendas online e contas digitais.

Outros exemplos populares são os cartões de crédito de grandes varejistas e supermercados, além do financiamento de automóveis, serviço já oferecido por algumas redes de vendas e montadoras.

Na hora de usar a estratégia, a segurança é um dos pontos principais. Em meio ao aumento do número de fraudes e golpes financeiros, oferecer um serviço seguro precisa ser prioridade. Para isso, é preciso investir em tecnologias de segurança, contratar empresas e profissionais focados nisso e passar essa confiança ao cliente.

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“Quando você trabalha com dinheiro, o risco de ser atacado aumenta ainda mais, por isso a segurança não pode ser deixada de lado”, aponta, completando que essa é uma das dificuldades para as empresas brasileiras, pois há uma carência de profissionais com conhecimento em segurança de informação.

Setores em potencial

Na opinião de Fábio Leger, todos os setores hoje em dia abrem espaço para aplicar o embedded finance. “Começou com grandes empresas, como revendedoras de carros, supermercados, varejistas de grande porte, mas o Brasil ainda está engatinhando nisso. Hoje existe um potencial gigante em todas as áreas, seja para empresas que falam com consumidor final ou a indústria”, explica.

Oferecendo serviços diretamente aos clientes, as empresas atingem um público carente de serviços financeiros e abertos a conhecer novas opções. Para o CEO da iCertus, há uma grande parte da população que não conhece sobre finanças e acaba pagando altas taxas de juros para os bancos tradicionais por conta do desconhecimento e concentração das transações bancárias. Assim, empresas com aplicações de embedded finance se tornam uma opção.

Na percepção do especialista, o embedded finance faz parte de um novo jogo do mercado que está em desenvolvimento, em que os produtos deixam de ser a única coisa importante para o cliente.

“O mercado do futuro não estará só relacionado ao produto que se vende, mas em dar acesso a crédito, dar a oportunidade de bancarizar as pessoas, a chance criar conta corrente, entre outros serviços financeiros que podem ser oferecidos. Esse é um movimento que veio para ficar e que vai atrair cada vez mais os consumidores para perto das marcas que investirem nisso”, finaliza Leger.


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