Um lugar, famoso ou não, terá sua beleza ou graça muito mais perceptíveis se o visitante estiver disposto a isso. Assim também é com os vestígios da civilização Inca ao redor de Cusco.
Os passeios pelos sítios arqueológicos de Cusco me fizeram lembrar da outra aventura com o Fusca. Em 2014, quando enquanto visitávamos Cabo Polônio, um refúgio ecológico, no Uruguai nos deparamos com uma placa onde estava escrito: “La interpretación va dirigida al corazón y a la capacidad de asombro de las personas, más que a lá razón”.
Ou seja: não importa a fama do local ou a exploração comercial e turística feita em cima da região que você visita, toda a interpretação e a beleza estará sempre nos olhos e na mente de quem contempla o lugar.
Enquanto admirava belas ruínas, ouvi de um grupo próximo que aquilo eram apenas pedras empilhadas. Pouco tempo depois, um casal de idosos se perguntava, admirado, como toneladas de pedras poderiam ser movidas e encaixadas em tamanha perfeição.
Enfim, seja com o olhar mais profundo ou mais raso, cada um terá uma percepção ao contemplar qualquer paisagem e não seria diferente com a arquitetura inca.
Cusco era um importante centro administrativo e cultural Império Inca. Esse povo foi muito desenvolvido e contava com grandes construções. Assim, hoje em dia, a região ao redor da cidade é considerada uma importante capital arqueológica da América, com ruínas do que um dia foi esse império. Os sítios arqueológicos que estão ao redor de Cusco são conhecidos mundialmente. Entre eles, Saqsayhuaman, Tambomachay, Puka Pukara, Q’enco, Coricancha, Ollantaytambo e Machu Picchu, sendo esta última um bom destino para muitos aventureiros, fonte de muitas lendas.
Todos os sítios têm uma ligação fortíssima com a religião dos Incas, que tinham no sol o centro de sua crença. Normalmente as grandes construções incas eram estrategicamente feitas em locais altos, em forma piramidal, para facilitar a visão do território a sua volta. Elas também eram erguidas com enormes e pesadas pedras, que serviam de proteção e abrigo em caso de batalhas. Vale a visita, para quem passar pela região. Uma verdadeira aula de história.
Confira no vídeo 360º abaixo a subida ao sítio arqueológico de PukaPukara.