Seria possível “encher a cara” de cerveja, ser parado pela polícia e não ser flagrado pelo bafômetro? Definitivamente não. No entanto, cientistas europeus afirmam que desenvolveram uma espécie de “coquetel virtual” que possui cheiro, gosto e até aparência real.
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O nome da bebida é Vocktail (com “v” de virtual). O drink consiste em um copo que contém um módulo de controle eletrônico e três pequenas bombas de ar conectadas a três cartuchos de perfume. O dispositivo é acoplado a um aplicativo de smartphone, que, por sua vez, permite criar sabores virtuais personalizados à distância. Na lista de bebidas disponíveis no app há vinhos, martinis, entre outras.
Ingredientes
A percepção de sabor ocorre por meio de dois eletrodos de prata na borda do vidro que emitem correntes elétricas controladas e de diferentes magnitudes para a ponta da língua. Esse “choque” simula sensações salgadas ou azuis enquanto a bebida é ingerida, afetando assim o sabor da bebida. Em outras palavras, é possível beber água com gosto de vinho.
Para alterar o cheiro, as bombas de ar liberam moléculas dos cartuchos de perfume escolhidos diretamente sobre a superfície da bebida, que está perto do nariz do usuário ao beber. Os usuários podem adicionar ou alterar cartuchos, dependendo do cheiro desejado. Eles também são facilmente recarregáveis, semelhante à substituição de cartuchos de uma impressora.
Por último, uma vez que os estímulos visuais formam percepções pré-gosto, os usuários podem selecionar sua cor preferida com a aplicação móvel que projeta uma luz LED na bebida. Veja o vídeo:
“Você pode entrar em um bar e pedir um mojito e usar a aplicação móvel, personalizá-lo para sua preferência com, digamos, um aroma de chocolate e uma pitada de banana ou manga. Ou você pode personalizar a água com gosto, como a sua bebida saborizada preferida e economizar dinheiro”, disse a pesquisadora Nimesha Ranasinghe, que liderou a equipe no Centro Tecnológico Ubicado Keio-NUS para o Centro de Formações (CUTE) em entrevista ao site do Fórum Econômico Mundial.
Outras aplicações
Na verdade, o grande trunfo do dispositivo é outro: médico. De acordo com Nimesha, o dispositivo poderia ajudar no tratamento de dependentes alcoólicos, uma vez que o cérebro seria enganado sobre o consumo da bebida. Além disso, diabéticos e hipertensos poderiam “saciar” a vontade de açúcar e sal, respectivamente.
Com informações do Fórum Econômico Mundial