Um estudo publicado pelo British Retail Consortium (BRC) mostra que o valor médio dos furtos nas lojas subiu 36% em 2014 na comparação com o ano anterior, para £241, o maior índice dos últimos 10 anos. No mercado britânico, as perdas dos varejistas com ações criminosas alcançaram £603 milhões nos últimos 12 meses, um crescimento de 18% na comparação anual.
Para o varejo, boa parte desse crescimento se deve a leis municipais que permite que ladrões que se arrependam e devolvam os produtos não sejam processados, o que ainda assim gera custos adicionais e perdas para o varejo, tanto pela ruptura nas lojas quanto pela necessidade de reforçar a segurança. Embora o BRC indique uma ligeira queda no número de incidentes nas lojas físicas, no mundo online as fraudes aumentaram 12%.
Essa é uma questão que atinge o varejo no mundo todo. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), os prejuízos do varejo on-line com métodos ilegais de compra alcança cerca de R$ 600 milhões ao ano. Um outro levantamento, realizado pela ACI Worldwide, mostra que fraudes com cartões de crédito, débito e pré-pagos já atingiram 30% dos brasileiros nos últimos 5 anos.
O índice é inferior apenas ao dos Emirados Árabes (44%), China (42%), EUA (41%), Índia (41%), México (33%) e Austrália (31%). No mercado americano, em média o varejo perde 0,68% de suas receitas por conta de fraudes, um crescimento de 33% em relação a 2013, de acordo com o estudo True Cost of Fraud, da LexisNexis Risk Solutions.
O grande problema, porém, nem é o valor do produto roubado ou fraudado, e sim os custos adicionais do processo: para cada dólar perdido diretamente, US$ 3,08 são gastos em processos administrativos, burocracia e controles. No varejo on-line, a mesma pesquisa aponta para uma perda de receita de 0,85% (contra 0,53% um ano atrás) e um custo total de US$ 2,33 para cada dólar de produto.
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