Controlar a internet de 730 milhões de pessoas pode parecer difícil, mas a dedicação do governo chinês ao tema é grande. A mais nova regra imposta pelo Partido Comunista é a censura de comentários anônimos serem feitos nas redes sociais. A partir de outubro, todos os sites precisarão fazer uma checagem dos usuários.
Quem impôs essa regra foi o órgão Administração do Cyberespaço da China (CAC). De acordo com o anúncio oficial, trata-se de uma medida para combater as “fake news”, que vem ganhando espaço em todo o Brasil.
“Há uma disseminação de notícias falsas acontecendo, além de linguagem ofensiva e informações ilegais”, alegou o órgão.
Como se era esperado, apenas comentários positivos foram feitos à medida. No Weibo, que é conhecido como o Twitter chinês, diversos usuários comemoraram a medida. “Já deveria ter acontecido anos atrás”, disse um.
O controle será feito a partir do número de telefone dos usuários, que é ligado ao número da carteira de identidade dos chineses. Alguns portais de notícias e fóruns de discussão, como o Zhiu e o South China Morning Post, já começaram a pedir os dados
Segunda proibição em um mês
Além de proibir comentários anônimos, a China também partiu para o ataque contra os vídeos ao vivo na internet, o livestreaming.
Cerca de 300 milhões de pessoas usam aplicativos de vídeos ao vivo na China, o que vem sendo uma grande pedra no sapato dos comunistas. Afinal, vídeos são muito mais complicados de se controlar do que texto.
Três das principais redes sociais do país asiático, Weibo, iFeng e ACFUN tiveram seus serviços de streaming encerrados pelo governo. A alegação foi que os serviços não estavam em conformidade com as regras chinesas.