Vender em grandes quantidades é a especialidade deles, mas faltava uma grande entidade que fizesse jus a esse poderio econômico e os unisse. Não falta mais: acaba de ser criada a Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas), na qual serão representadas as principais redes do segmento, cuja receita líquida alcançou R$ 198 bilhões no ano passado (números do anuário Mais Importantes NOVAREJO, de julho).
Por enquanto, nove empresas fazem parte do grupo, que representa os empresários cujo maior cliente são os próprios varejistas: os três maiores do Brasil (que lucram juntos 12% do setor no País) – Assaí, Atacadão e Makro – têm a companhia de Roldão, MartMinas, Maxxi, Spani, Tenda e Villeforte, que faturam outros R$ 35 bilhões, mais 17% de market share nacional, fazendo com que a Abaas já nasça abraçando 29% de mercado.
Tais empresas associadas somam 400 lojas e empregam diretamente 70 mil pessoas. No entanto, a ideia é abranger a cada mês uma representatividade maior e a Abaas declara estar disponível para que todas as empresas do segmento se associem. “O cash and carry é o segmento que mais cresce no Brasil e ?a menina dos olhos? da indústria. A ideia é se unir para fortalecer o setor e atender as demandas específicas do atacado de autosserviço”, divulgou em nota institucional.
Na mesma nota, o presidente da Abaas CEO do Atacadista que leva o nome da família, Ricardo Roldão, lembrou que, considerando faturamento, área construída, área de vendas e número de funcionários dos sócios fundadores, a entidade é de longe a maior do País.
Já o CEO do Atacadão (do grupo Carrefour), Roberto Müssnich, assumiu a vice-presidência da Associação e ressaltou que o cash and carry é um modelo único e criativo que merece ser discutido em um fórum próprio. “Sua especialidade, sua importante função no canal de distribuição e a transferência de seus baixos custos aos preços finais beneficiam toda a população brasileira. Por isso, nos reunimos e criamos essa nova entidade?, afirmou.
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