Berlim – Alemanha – Como meu grau hierárquico demanda meu tempo? Como deve demandar? Com essas questões, os instrutores da Berlin School of Creative Leadership prosseguiram seus trabalhos no Workshop do Consumidor Moderno Experience Summit. “Os problemas dos executivos mundo afora podem ser semelhantes, mas a maneira como lidam com eles é diferente”, ressaltou Mark Janschen, complementando: “Não é ruim administrar conflitos – mas sabemos separar as tarefas pessoais das profissionais.”
Um dos grandes atributos necessários ao líder marcante é ter a serenidade de, em qualquer conflito, abordar o problema da maneira correta. Colocar o conflito na perspectiva correta. “Mas não é possível gerenciar sem conflitos, que criam a tensão necessária para produzir criatividade.”
É evidente que o líder precisa dominar a comunicação, no sentido de se fazer entender e tornar a equipe mais focada. Um dos processos de comunicação da liderança criativa envolve ser: Simples, Constante, Confiável e Empático.
Por outro lado, é necessário estar focado no momento, estar presente para poder olhar para o futuro.
Adaptabilidade X Autenticidade
Um dos pontos mais instigantes do workshop diz respeito a equilibrar dois princípios caros e extremamente relevantes para a liderança: autenticidade e adaptabilidade. As forças de mercado, a busca por execução e resultados, as conexões e busca por reconhecimento normalmente criam desafios excepcionais para as lideranças. Até que ponto o líder deve ser autêntico e o quanto ele deve ser adaptável para acompanhar a evolução da sociedade, da economia, da tecnologia e as novas tendências que surgem dia após dia? Talvez a adaptabilidade seja o novo Santo Graal da administração. Equilibrar a essência individual com a capacidade de se adequar às circunstâncias demandam novas características para que o líder possa inspirar e obter o melhor rendimento de sua equipe. Isso pressupõe que tenha humildade e saiba prestar contas, ser constante, simples, intuitivo e ensine pelo exemplo.
O que significa ser líder
Os conceitos de liderança estão atrelados na à forma pela qual se interage com o líder e não necessariamente sobre como o líder é em si. Isso por que “liderança é algo que só pode ser dado é não tomado”, destaca Mark Janschen, “Autenticidade é a palavra que gera ‘buzz’ e está sob ataque. O que é ser autêntico, ser honesto com seus princípios, capaz de engajar pessoas atualmente?”, completa.
O fato é que não se pode criar autenticidade. Sempre será falso. A pressão dos negócios colabora para erodir a autenticidade das lideranças e as fazem perder a conexão com que são, na verdade. “Estou tão voltado para me adaptar às situações, que não sei mais quem sou”, enfatiza novamente Mark Janschen, um instrutor que não se cansa de provocar a audiência.
O workshop ainda prosseguiu com uma aguda reflexão sobre posições posições perceptivas, ou seja, a habilidade de tomar decisões preditivas. A ideia básica compreende fazer sempre as perguntas sobre quão autêntico e quão adaptável é o líder e o quanto deve ser.
Jacques Meir é diretor de conhecimento e plataformas de conteúdo