Uma das principais tendências para o setor de pagamentos é a proliferação de novos formatos que possibilitarão cada vez mais opções aos consumidores. Inegavelmente, transações financeiras mais rápidas, convenientes e seguras para os usuários: essa é a realidade.
Isso se dá devido a alguns fatores. Em primeiro lugar, a crescente digitalização da economia, que fez com que novos formatos de pagamentos digitais surgissem no mercado. Em segundo lugar, mas não menos importante, a diversificação dos meios de pagamento está diretamente relacionada com as necessidades de cada indivíduo. Como cada pessoa possui preferências e necessidades específicas ao realizar transações financeiras, é óbvio que, cada vez mais, a reprodução de formatos de pagamento se encaixará aos mais variados perfis.
Neste aspecto, os métodos de pagamento alternativos, ou APMs (Alternative Payment Methods) vêm ganhando evidência. Em suma, os APMs visam atender às predileções dos consumidores, o que, por consequência, aumenta a aceitação de transações de pagamento. Essa tendência está em crescimento e os APMs são considerados ferramentas estratégicas chave para expandir os negócios. Para se ter uma ideia do impacto dos APMs em nível global, um relatório da Mordor Intelligence mostra que a adoção de aplicativos de carteira digital, como Google Play e Apple Pay, está prevista para avançar a uma taxa anual composta de 26,9% até 2025. Esse “boom” de pagamentos móveis se dá porque eles são considerados intuitivos, fáceis e seguros para os consumidores.
No mundo
Nos Países Baixos (Holanda, Bélgica e Luxemburgo), o iDEAL é o meio de pagamento predileto. No Brasil, ganha o Pix e o cartão de crédito. Na Ásia e no Pacífico, o Alipay e o WeChat são os favoritos, e nos Estados Unidos, os métodos predominantes são ACH, RTP e os cartões. Na Alemanha, o girocard é o mais popular. Com mais de 100 milhões de unidades em circulação, os usuários podem pagar via chip ou pin por meio de um sistema que conecta praticamente todos os caixas eletrônicos e bancos.
Isso mostra que quem não revolucionar seus meios de pagamento em seus respectivos mercados perderá grande parcela de seus consumidores. Atento a essa realidade, o PagBank, por exemplo, vem se utilizando da Inteligência Artificial para revolucionar o modelo de personalização de seus serviços financeiros, bem como na coleta e análise de dados para progredir sempre. “Utilizamos a IA para compreender os padrões transacionais e comportamentais dos nossos clientes, e assim temos possibilidades de oferecer produtos e serviços adaptados às necessidades individuais. Isso permite a criação de ofertas em consonância com os interesses e preferências de cada pessoa, facilitando e organizando sua vida financeira”, comenta Cesar Leite, CTO do PagBank.
Fraudes
Para Cesar Leite, outra vantagem da IA está na detecção e prevenção de fraudes, graças à análise de dados e aprendizagem de máquina. Tudo graças ao seu poder de análise de grandes volumes de dados de transações financeiras, que ajudam a identificar padrões e anomalias que possam indicar fraudes. “No PagBank, utilizamos a Inteligência Artificial para identificar padrões suspeitos em transações, agindo rapidamente para mitigar possíveis ameaças. Isso garante uma abordagem proativa na proteção das contas dos clientes contra fraudes e atividades maliciosas”.
Vale destacar que mais de 200 mil casos de estelionato eletrônico foram registrados nas secretarias estaduais de Segurança Pública, conforme o Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2023. Todavia, os números de seis estados (Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo) não foram incluídos no levantamento.
Consumidores lesados
Ademais, uma sondagem realizada para a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) projetou que 7,2 milhões de consumidores foram vítimas de fraudes em instituições financeiras nos 12 meses anteriores à pesquisa. Em comparação com o levantamento feito em 2022, esse número representa uma redução, mas ainda assim é superior à população da cidade do Rio de Janeiro. Somando os números das duas pesquisas, o total de consumidores lesados chega a 15,6 milhões, ultrapassando a população de São Paulo, a cidade mais populosa do Brasil.
Os principais tipos de golpes de 2023 incluem clonagem de cartão de crédito ou débito (6%), compra de produtos em anúncios falsos em redes sociais clonadas de conhecidos (4%), transações financeiras não autorizadas na conta bancária (3%), emissão de cartões de crédito sem autorização usando documentos falsos (3%) e empréstimo do nome sem autorização usando documentos falsos (3%).
O presidente da CNDL, José César da Costa, recomenda não clicar em links desconhecidos, enviar documentos a qualquer pessoa, independente da história que contarem, e sempre conferir informações antes de fazer transferências. “O consumidor brasileiro está cada vez mais habituado a utilizar a tecnologia no dia a dia. O PIX é um exemplo disso. Mas é importante se manter atento”.
O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 14, §1º, fixa que as instituições financeiras são responsáveis pela segurança do usuário.
É tempo de transformação
E em tempos de transformações digitais ultra velozes, essas entidades buscam aumentar o investimento em prevenção para se preservar e evitar prejuízos. Um caminho eficiente para impedir esses golpes é a biometria facial. “Ela é capaz de prevenir fraudes e ainda gerar maior taxa de conversão nas vendas, dois fatores que todo comércio busca”, comemora Cesar Leite.
“O custo que toda empresa online tem para levar o cliente até seu site é crescente. Portanto, perder venda por questões de fraude ou conversão da transação é muito oneroso. Por isso, o PagBank lançou em outubro de 2023 a implementação de biometria facial para autenticação de identidade e da titularidade do cartão de crédito. O banco digital foi o primeiro player do mercado a utilizar essa tecnologia. “A implementação teve início pelos links de pagamentos e em breve se estenderá para todo o portfólio de produtos e serviços do PagBank”, enaltece Cesar Leite.
A solução lançada em outubro passado visa aumentar a segurança e confiabilidade no processo de aprovação das transações. Isso gerará maior taxa de conversão, segundo Cesar Leite, e, consequentemente, aumento das vendas. O resultado é menos frustrações dos consumidores e perdas com compras que seriam negadas. Outras vantagens já registradas são maior satisfação e melhor experiência dos compradores. “Com a inclusão dessa nova solução, estimamos aumento de 40% da aprovação de transações que eram negadas. Isso garantirá mais vendas e eficiência de custo na operação do lojista”, finaliza o especialista.
IA+CX
Em conclusão, é uma realidade que está em ascensão, impulsionada pela conveniência, segurança e personalização que ofertada aos consumidores. Os pagamentos móveis são uma tendência. E eles continuarão a ganhar força nos próximos anos. A consequência será um forte impacto na experiência de compra e nos modelos de negócios em todos os setores da economia. Portanto, é essencial para as empresas e os consumidores estarem preparados para essa transformação e explorarem as oportunidades que surgem com a ascensão da IA.
O Grupo Padrão realizará o IA + CX, que abordará o tema “O futuro dos meios de pagamento sobre a ótica da IA“. O principal propósito do evento é analisar e mostrar as principais tendências da Inteligência Artificial e do Customer Experience.
O IA + CX ocorrerá no dia 23 de abril de 2024, no Contemporâneo 8076, localizado na Avenida Morumbi, 8076, em São Paulo/SP. Para saber mais sobre a programação completa, acesse: Programação – IA + CX – Inteligência Artificial + Customer Experience (consumidormoderno.com.br).