É borbulhante. Transborda jovialidade “hard-core”. Em dois dias de evento, o maior festival de criatividade da América Latina, Pixel Show, apostou em referências underground e pluriculturais para não errar. Jovens – geração Millennial – gritam, participam, sobretudo, experimentam.
A 12ª edição acompanha a transição entre adolescência e fase adulta. É um corpo/organismo em desenvolvimento. Ainda está se descobrindo, testando novas formulações, apostando na “diferenciação atitudinal”. Ali, todos se encontram. No meio do grunge, ou dos festivais, simultâneos, de Tattoo, de Bandas, além de uma mini-feira de publicações independentes, entre muito além. É confuso. Completa muvuca. Mas a criatividade funciona bem nesse ambiente street.
É arte, design, moda, fotografia, artes visuais, ilustração, graffiti, comics, games, motion graphics, tecnologia e inovação. Todos esses assuntos são levantados para discussão. As Sharp Talks, palestras curtas, apresentaram conteúdo “direto ao ponto”, oradores descolados e à vontade para um bate-papo. O ponto forte do festival é, também, um dos mais francos. A queda das barreiras entre mundos causa uma disputa sonora.
Exemplo de coragem e assertividade foi a participação da Lupo, que se aventurou, mesmo sob “delay”, em um stand popular. Meias com desenhos hypes fizeram os pés da galera. É um case no qual a demanda dos clientes foi absorvida e começa a ser trabalhada pela marca para 2017. Aliás, próximo ano, o Pixel Show completa 13 anos – ano de “aborrescência” e rebeldia.