Depois de uma década de crescimento exponencial, o setor de shoppings arrefeceu sua expansão no Brasil nos últimos anos, conforme o negócio começava a saturar em alguns locais e a crise econômica a inibir os consumidores.
Em 2016, o país ganhou 20 novos centros do gênero – cinco deles em cidades que não tinham nenhum – e a receita do setor cresceu 4,3%, para R$ 157,9 bilhões, segundo Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Como, no entanto, este número não considera a inflação, que foi de 6,3% no ano passado, na prática é como se o faturamento estivesse 2% menor. Hoje são 558 shoppings em operação no país.
Há, no entanto, algumas frentes identificadas pela Abrasce que ajudaram a driblar a crise e que devem se consolidar como tendência entre os shoppings do país daqui para frente. Veja quais são:
1. Outlets
Eles estão crescendo, principalmente diante da procura dos consumidores por itens mais em conta e com qualidade. “O consumidor está cada vez mais em busca disso e a tendência é que a gente tenha um mercado com mais desse tipo de modelo”, afirma Adriana Colloca, diretora da Operações da Abrasce. O País encerrou 2016 com 11 outlets. Em 2012 eram 4 e para 2019 a associação projeta que existam 16 operações desse modelo.
2. Complexos multiuso
Eles não são novidade no mercado, mas têm se tornado alternativa para um mercado em que os espaços urbanos estão cada vez mais escassos. “É um tipo de empreendimento que gera conveniência aos consumidores e otimiza o espaço”, afirma Adriana.
3. Espaços abertos e de conveniência
Esta é a principal demanda dos consumidores da Geração Z: 46% deles querem empreendimentos com mais espaços abertos, mas sem abrir mão da tecnologia. A pesquisa mostrou que 48% dos jovens com até 17 anos querem espaço de integração nos espaços.
4. Tecnologia
Este é um caminho sem volta para todos os setores, ainda mais os que atendem diretamente os consumidores finais, como o varejo. “Os grandes grupos têm criado laboratórios para entender como a tecnologia pode melhorar a experiência de consumo”, segundo a especilista.
5. Sustentabilidade
“É algo sobre o qual a gente segue falando. O setor de shopping centers em geral tem usado os recursos de forma eficiente e é uma demanda dos consumidores”, diz Adriana.