Ao longo da minha atuação em empresas sempre encontro profissionais ávidos em se renovar. A Antropologia do Consumo, por tratar de temas mais palpáveis e com maior possibilidade de aplicação no mercado publicitário, aparece como uma grande promessa para tal.
Pois é… creio que não estão errados. A Antropologia, quando levada a sério e estudada de forma profunda e criteriosa, tem, sim, o poder de transformação. Não estou aqui pregando ou defendendo um caminho de iluminação pautada em crenças e sim no poder do conhecimento.
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A busca pelo conhecimento sem atalhos tem essa característica… a epifania de se descobrir, de entender o que está a nossa volta e, minimamente, perceber e compreender as diferenças. Estudar Antropologia é mais sobre o outro e a gente do que simplesmente estudar as diversidades.
Na minha percepção há um componente forte na Antropologia, e não é pelas suas linhas de estudo e sim pela sua prática cotidianamente, por isso pode ser sim uma forma de inovação pessoal no campo social. Inovar não é partir do que já existe e melhorar? Não é valor percebido? Pois então…
E como seria desenvolver virtudes para inovação?
1. Primeiro passo
Seja rebelde e saiba abrir mão das suas certezas
2. Segundo passo
Seja curioso: a curiosidade estimula as pessoas a enxergar o mundo de diferentes perspectivas e a questionar. Combater o conformismo é uma premissa que precisa estar presente em nosso dia a dia.
3. Terceiro passo
Troque informações, seja multidisciplinar, aposte na rede.
Um dos capitais mais importantes que temos é o capital social, portanto, conecte-se virtual ou presencialmente, não importa, veja o outro como um grande meio de conhecimento.
4. Quarto passo
Inovar a obra – ser capaz de reinventar as formas de fazer, de se abrir para o novo. Mude sempre o seu processo – melhore o jeito de fazer as coisas. Precisa haver recorrente mudança, interaja com pessoas com diferentes narrativas e formas de pensar, ousadia é um dos maiores recursos que se pode ter.
5. Quinto passo
Trabalhe com o cliente e não para cliente. Aprenda com a co-criação, escute seu interlocutor, estabeleça uma relação com ele. Assumir nossas limitações não é ruim é salutar.
Este último passo aprendi na prática. Sempre digo para meus clientes: “você entende do seu produto, mas eu entendo de gente, então precisamos unir forças”. E há sempre uma construção conjunta de conhecimento, esse é o futuro, a interdisciplinaridade, a troca, o ganha-ganha e o cede-cede.