A Petrobras fez dois anúncios que vão afetar o bolso do consumidor. No primeiro, a empresa afirma que pretende alterar a atual política de preço de combustíveis da companhia, o PPI (Preço de Paridade de Importação). No segundo, que vai reduzir o preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.
A política de preços anterior havia sido estabelecida em 2016, pelo governo de Michel Temer, medida que pretendia blindar a estatal de influências políticas na decisão do vablor do combustível e aumentar a credibilidade da empresa, que sofreu desvalorização nos anos anteriores.
Mas o PPI, que definia o preço dos combustível com base na cotação internacional do barril de petróleo, sofre críticas do governo Lula. Segundo o presidente da República, os ajustes no preço, com valor acima do mercado interno devido às oscilações internacionais, prejudica o país.
Assine nossa newsletter!
Fique atualizado sobre as principais novidades em experiência do cliente
Na esteira da mudança de política, cujos detalhes ainda não estão totalmente claros, a empresa reduziu o preço da gasolina (R$ 0,40 por litro, -12,6%), do diesel (R$ 0,44 por litro, -12,8%) e do gás de cozinha (R$ 8,97 por botijão de 13 kgs, -21,3%).
Com os combustíveis mais baratos nas refinarias, o governo espera uma redução nas distribuidoras e nas bombas dos postos de gasolina. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou em entrevista coletiva que o preço médio da gasolina comum deve cair de R$ 5,49 para R$ 5,20. Do diesel S10, de R$ 5,87 para R$ 5,18.
Embora não haja lei que obrigue as empresas a alterarem seus preços, é praxe que elas se adaptem para se manterem em um patamar competitivo.
Leia mais:
Startup desenvolve solução B2B para gestão eficiente de combustível
Para garantir a queda do valor, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse em uma rede social que determinou à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) que coordene nacionalmente ações de fiscalização dos preços dos combustíveis nas bombas.
No mesmo dia do anúncio da Petrobras, Wadih Damous, secretário da Senacon, enviou uma nota aos Procons estaduais e municipais pedindo que assegurassem que a redução de preço chegue aos consumidores.
Segundo o secretário, é preciso identificar não apenas preços abusivos, mas possíveis práticas irregulares negativas ao consumidor.
“Não aceitaremos que postos se valham de fraude para aumentar os preços hoje e dizerem que reduziram amanhã. Esses postos estarão sob a nossa fiscalização e sanções serão aplicadas em caso de fraude”, disse Damous.
+ NOTÍCIAS
Senacon faz primeira reunião com Procons para alinhar agendas