O Internet of Things Consortium (Consórcio Internet das Coisas) trouxe três lideranças da empresas que fazem parte de uma rede que vem investindo e criando tecnologias avançadas de conectividade que se propõem a mudar nossas vidas de forma profunda. Mas será que casas inteligentes e acessórios vestíveiscomo os conhecemos hoje são boas apostas?
Cecilia Sevillano, Head de Smart Home Solutions da Swiss Re (maior companhia de seguros e resseguros do mundo), Jim Hunter, CTO da Delos (empresa do setor imobiliário que tem foco em bem-estar) e Greg Khan, CEO do Consórcio Internet das Coisas, conversaram sobre os desdobramentos dessa tendência voltada para a multiplicação de dispositivos de IoT no Web Summit.
O Internet of Things Consortium gera oportunidades de colaboração entre lideranças e empresas, pensadores, empreendedores para desenvolver a internet das coisas no mundo de forma confiável e útil. Sua missão é impulsionar o crescimento do mercado de IoT, liderando os esforços do setor por meio de parcerias estratégicas. A organização concentra-se em cinco setores principais: casas conectadas, automóveis, cidades, varejo e wearables.
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A Dellos tem a missão de melhorar o bem-estar das pessoas que vivem dentro de “caixas”, casas ou empresas a maior parte da sua vida. Já a Swiss Re é a empresa que segura as empresas de seguro e que se transformou recentemente, desenvolvendo modelos científicos baseados em IA para prever com maior exatidão os eventos que podem afetar substancialmente o segmento no qual sua empresa atua e lidera.
Segurança é o foco
Os investimentos em B2B da IoT atingiram quase US $ 1 trilhão em 2017, mas o mercado está apenas começando. À medida que mais dispositivos conectados ficam online e novos serviços são desenvolvidos para eles, nenhuma empresa pode ter êxito sozinha. Mas qual é o futuro real desse negócio e desse ecossistema. Segundo Jim Hunter, o uso da IoT faz sentido para fazer a vida das pessoas ser melhor. “Estamos trazendo para a vida real os sensores que vimos em obras de ficções, nos games e no cinema. A visão da IoT ´voltada para as pessoas”, afirma o CTO da Dellos. Para Cecília, há uma mudança profunda no segmento de seguros, no qual a segurança fanha uma nova dimensão no conceito de casas inteligentes. “De que forma todos os dados captados e acumulados nas residências podem ajudar as pessoas e tornar lares mais seguros?”, questiona a executiva. A noção de segurança pode ser aprimorada com a tecnologia, não apenas com alertas, mas buscando impactar clientes, usuários e na redução de riscos e eventos. Podemos conquistar o engajamento do cliente e ampliar níveis de confiança a partir de sensores que monitoram as casas e tomam atitudes preventivas contra assaltos ou quedas de energia por exemplo.
Alinhamento com o sol
O CTO da Dellos cita como o sistema de iluminação do lar pode afetar qualitativamente a vivencia nos lares. A humanidade, segundo Jim, evoluiu com base nos ciclos solares. Aprendemos a dormi às noites e a trabalhar durante o dia. MAs até que ponto o sistema de iluminação em nossas casas não mudou nossa relação com a luz do sol e a capacidade de descansarmos e trabalharmos? Os sensores em casas inteligentes voltam-se justamente reconciliar nossos ritmos com os ciclos solares.
Cecilia diz que a Swiss Re está desenvolvendo diversos sensores que conseguem interpretar o gestual e a atitude das pessoas diante de objetos comuns: “imagine que uma pessoa com mais idade, está irritada. Ela tem uma condição que exige cuidados. Se por exemplo, esse idoso bate a porta de uma geladeira com mais força, um sensor pode disparar um alerta para um filho que pode verificar como está seu familiar. É a IoT atuando de forma preventiva”, exemplifica.
A interoperabilidade dos diversos sensores e dos diversos dispositivos é o grande desafio da IoT. Segundo Greg, do IoT Consortium, as empresas precisam entender que a Internet das Coisas precisa ser útil e simples para as pessoas comuns.