Não é mais novidade, a transformação digital já não é um diferencial competitivo no mercado. Ela passou a ser obrigatória para qualquer modelo de negócio seguir com bons resultados. Contudo, quando essa evolução atinge a indústria, a referência não se dá apenas à digitalização de processos, trâmites, operações, procedimentos, automação de máquinas e equipamentos. O que se percebe agora é a importância e uso da inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e de novas tecnologias para atendimento ao cliente, como fatores decisivos no alinhamento desse ecossistema.
Porém, um levantamento de 2022 da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que apenas 7% das empresas pesquisadas adotavam dez ou mais recursos tecnológicos. Nesse caminho, a própria CNI criou, em 2022, um grupo de trabalho voltado para essa questão. Denominado “Mobilização Empresarial pela Inovação”, o projeto é um movimento de esforço sobre a importância desse avanço no Brasil para que a manufatura volte a ter peso no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Para se ter uma ideia, a CNI projeta que, neste ano, a economia brasileira vai crescer 2,1% em relação ao ano passado e o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria será de 0,6%, com queda de 0,9% na indústria de transformação. Os dados são do Informe Conjuntural – 2º trimestre de 2023, divulgado em julho deste ano, e mostram uma desaceleração em relação a 2022, – com um quadro particularmente desafiador para a indústria e para as atividades do varejo mais sensíveis ao crédito.
Consistência e valorização interna: princípios da transformação digital
Nesse cenário, o Brasil ainda sofre para garantir avanços naquilo que chamamos hoje de “Indústria 4.0”. Por outro lado, especialistas salientam que não precisamos ir ao exterior em busca de soluções, por exemplo, e que existem ferramentas excelentes disponíveis aqui. “Não é uma obrigação das empresas recorrer à importação tecnológica para impulsionar o desenvolvimento de uma marca, por exemplo. A precisão aqui é de se movimentar cada vez mais e mergulhar na onda de inovações”, comenta Giovane Oliveira, diretor de tecnologia da Total IP sobre essa necessidade de valorização interna e de arrojo e consistência para uma transformação digital de impacto positivo no país.
Segundo o 15º Relatório do Status do Ágil, divulgado pela plataforma Digital.ai houve uma forte adesão de metodologias ágeis, entre 2020 e 2021, um crescimento de 86%. Esse sistema é usado como principal habilitador para promover mais fluidez na otimização do trabalho por meio da descentralização das decisões. Mesmo com avanços nessa área, segundo a Total IP, ainda existem divergências de entendimento e aplicação, o que atrasa a evolução da transformação digital brasileira.
Para ter sucesso na transformação digital, a Total IP elencou cinco tópicos que merecem atenção:
1 – Agilidade somente para gerar rapidez nas entregas: o time to market será mais acelerado, contudo, haverá mudanças nos processos. Logo, não se trata de realizar tudo da mesma forma do método tradicional, com mais velocidade. Entre as alterações, estão as aplicações prioritárias, além de contar com ciclos contínuos de entrega. Essa modificação, consequentemente, reduzirá o tempo para o produto chegar ao mercado, acelerando a análise de novas soluções baseadas nos feedbacks dos usuários.
2 – Fazer sprints é suficiente para ser ágil: segundo a Digital.ai, 87% das organizações aderiram a este meio por avaliarem mais eficiência estratégica na execução e um dos motivos é o dinamismo, resultando em projetos de qualidade superior. Embora a realização seja bastante positiva, a grande questão está quando o objetivo dessas reuniões é desvirtuado e isso acontece quando o propósito dos encontros segue um plano fechado, sem flexibilidade para alterações. Com a ausência da mudança, a equipe corre risco de ser limitada para resolver problemas mais complexos, além de barrar o aprimoramento contínua.
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3 – “Squadificação” dos times: caracterizado por equipes multidisciplinares formadas por profissionais com especialidades complementares, buscando uma finalidade em comum, as squads também são importantes para a deliberação de demandas. Porém, essa formação é apenas o primeiro nível de maturidade em um local com o desejo de ter mais rapidez. Para buscar a evolução é essencial uma visão geral, ou seja, abrangendo desde a necessidade dos clientes, passando pelas áreas de negócio, conectando com tecnologia, operações e suporte, entre outros campos.
4 – Nomear Scrum Masters e Product Owners sem preparação: nomear pessoas para cargos como Scrum Master, além de indicar coordenadores ou gerentes de área para o posto de Product Owners tende a ser um erro quando se trata dessa dinâmica. Tudo isso deliberado sem uma preparação prévia dos profissionais, gera uma distorção do esperado de cada uma dessas funções.
5 – Projetos com escopo, tempo e custo rígidos: a construção de produtos digitais exige uma estruturação diferente e mais complexa. A armadilha mais comum nestes casos é querer os benefícios ao mesmo tempo do controle rígido e das burocracias da gestão, assim como é executado em projetos tradicionais.
O aprimoramento do diálogo com os consumidores é o princípio dessa escuta ativa voltada para uma transformação digital efetiva e de bons resultados
Digitalização requer flexibilidade e atenção diária
Na análise da Total IP, não existe uma “receita pronta” para o processo de modernização e transformação digital das empresas, já que adversidades ocorrem diariamente e é preciso lidar com elas. Por essa razão, a companhia afirma que é necessário criar “um sistema flexível”, pois quanto mais rígido o planejamento for, maior será a complexidade, a imprevisibilidade e, consequentemente, os riscos.
“É preciso ter em mente que nenhuma empresa já inicia suas tarefas alinhadas à tecnologia em um patamar elevado. Começa-se pela base, com demandas associadas ao dia a dia dos colaboradores e cliente”, explica Giovane Oliveira, da Total IP, destacando como compreender cada etapa dessa necessidade e alinhar a práticas tecnológicas com tendências de mercado pode trazer ganhos significativos para uma empresa.
Segundo o executivo, a Total IP age nessa vertente, oferecendo soluções flexíveis e que potencializam a qualidade no atendimento dessas organizações. O aprimoramento do diálogo com os consumidores é o princípio dessa escuta ativa voltada para uma transformação digital efetiva e de bons resultados. “As pessoas subestimam o poder de um contato de excelência com as marcas. Uma companhia que oferece um atendimento com assertividade sai na frente em diversos quesitos quando falamos de transformação digital e evolução de mercado”, pontua Oliveira.
Transformação digital é aceitar o desconhecido
Dessa forma, a Total IP percebe que aceitar e lidar com o desconhecido é mandatório para trabalhar uma transformação digital em qualquer setor. Para isso ocorrer, a experimentação e a validação de hipóteses são componentes chaves nesta transição. Esses fatores, segundo a companhia, permitem às empresas terem uma adaptação mais eficiente, permitindo táticas bem elaboradas, qualidade e serviços mais desenvolvidos. Tudo isso executado por uma equipe mais engajada e organizada, é claro.
Como umas das principais desenvolvedora de softwares e soluções para o atendimento ao cliente, a Total IP acredita que a transformação digital seguirá impactando consumidores, indústrias e empresas brasileiras, e continuará sendo um dos grandes objetivos do país para crescimento nos próximos anos.
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