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Se o assunto é transformação digital, fale com Michael Bay

Se o assunto é transformação digital, fale com Michael Bay

"Transformers traz algumas parábolas curiosas para quem se dedica a pensar sobre um assunto que comanda agendas corporativas no mundo todo"

Poucos cineastas em Hollywood têm uma assinatura tão distinta quanto Michael Bay. Pense em cenas monumentais, com edifícios inteiros se desmanchando em chuva de concreto, toneladas de vidro estilhaçando, seres humanos fragilizados diante da tecnologia, barulho a um nível quase insuportável e uso intensivo de tecnologia. Não por acaso, Michael Bay é o diretor da franquia Transformers, que faturou, até o momento, em 5 episódios, mais de US$ 5 bilhões nos EUA e em outros mercados (os 4 primeiros filmes renderam US$ 1,5 nos Estados Unidos e US$ 3,5 bilhões no exterior. O filme mais recente, que estreou em junho, faturou cerca de US$ 500 milhões até o momento).

Espetaculoso e talentoso, Bay encampou a série dos robôs com “alma humana” que lutam pela sobrevivência da própria “espécie” aqui na Terra, em um confronto fratricida, baseado nos brinquedos da japonesa Hasbro, que também foram personagens de uma série de desenhos animados bem-sucedida. De um lado, os Autobots, comandados pelo altruísta, líder e, digamos, sofrido Optimus Prime. De outro, os párias e belicosos Decepticons, liderados pelo ganancioso Megatron. Ambos lideram suas tropas de seres modeláveis, que se “disfarçam” como veículos, aeronaves para conviver com a raça humana enquanto se preparam para uma batalha normalmente recheada de metal, óleo e engrenagens explosivas. No meio disso, a valorosa humanidade, alinhada aos Autobots, busca defender uma certa mensagem de tolerância entre diferenças, mesmo diante de ameaças com poder incalculável.

A saga dos Transformers, no entanto, traz algumas parábolas curiosas para quem se dedica a pensar sobre um assunto que comanda agendas corporativas no mundo todo, inclusive em Hollywood: a transformação digital. Modelos de negócios estão sob pressão em todos os segmentos, permitindo a criação de inovações disruptivas de toda sorte, visualizadas por jovens empreendedores.

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A consequência desse fenômeno é aculturar ou remodelar empresas que nasceram de modo mais convencional para reagirem a esses novos modelos e aos impactos dessa transformação digital. O modo de produção e o modo de execução de cada negócio é afetado pela força destruidora da digitalização. O cinema utiliza o digital na câmera, nos efeitos especiais, no processo de edição, e até mesmo na atuação dos atores. Uma nova técnica de interpretação – o motion capture – faz com que um ator de face desconhecida seja “reconstruído” como um personagem digital, um avatar que assume uma forma a serviço da história. Andy Serkis é hoje o maior ator mundial de motion capture, tendo emprestado seu talento para personagens como Gollum, da saga o Senhor dos Anéis, King Kong de Peter Jackson e os filmes da nova série da franquia “Planeta dos Macacos”, no qual assume o papel de Cesar, o líder da revolta dos símios.

A digitalização abriu caminho para que as salas de cinema se reinventassem e se configurassem em ambientes mais imersivos. Por outro lado, permitiu que novas plataformas de produção e distribuição fossem criadas, baseadas no streaming, onde reina absoluta a Netflix. A ascensão da Netflix, por sua vez, abriu caminho para que canais antes reféns da distribuição via TV por Assinatura almejem agora atingir e captar assinantes individualmente, fragmentando a escolha dos consumidores.

Essas TV sob demanda ameaçam no horizonte o negócio confortável das TVs a cabo. O consumo de conteúdo por streaming impulsionou também plataformas como o Youtube e ajudou a anabolizar as carreiras de novos profissionais de vídeo – os YouTubers – bem como fez explodir o consumo de dados no mundo todo. E antes que as provedoras de banda larga possam pensar que elas entregam valor para quem oferece conteúdo por streaming, é necessário lembrar que a necessidade de mais dados, por sua vez, encarece o valor da banda larga, justamente impelindo essas empresas a também empreender a sua transformação digital. Um gigantesco ciclo de inovação em cadeia, que se propaga de um segmento para outro adjacente e para outro adiante.

Em cada segmento, há impactos desmedidos e incompreendidos, poderosos e não mapeados da digitalização. Empresas desnorteadas buscam então fazer frente ao desafio de pensar digitalmente como startups que já nasceram assim. Assim como nos filmes de Michael Bay, as empresas precisam ser Transformers, deixando de ser veículos pacíficos caminhando calmamente na paisagem, para se tornarem robôs beligerantes, defendendo ferozmente mercados, clientes e lucros. Um processo que faz vítimas por todos os lados, derrubando em poucos anos empresas centenárias consideradas sólidas.

Em meio ao barulho tonitruante com que Michael Bay embala suas obras, é possível vislumbrar um caminho para empreender a sonhada e amedrontadora transformação digital nas mais diferentes empresas: construir a parceria entre a capacidade de mudar sem perder conexão com o que as tornam humanas. Em resumo: ser um Autobot, que sabe que a colaboração com o diferente traz benefícios e inovação e não um Decepticon, que pensam apenas em supremacia.

Se você tem alguma dúvida, os US$ 5 bilhões em bilheteria – sem contar a receita dos games e licenciamentos – indicam que esse tipo de visão pode funcionar.

Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão 

Crédito da foto: Transformers Official Website

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