A cada 8 segundos uma pessoa se torna uma nova vítima de um golpe fraudulento no Brasil. Mas, como as empresas podem evitar que as fraudes ocorram? E como fazer isso garantindo uma boa experiência para o cliente? No Conarec 2022, Wellington Macedo, gerente sênior de Crédito e Prevenção à Fraude da Natura&CO, destacou que escolher quais tecnologias devem ser usadas na prevenção de fraudes vai depender do meio em que a empresa está e do público com o qual se relaciona.
A Natura hoje conta com soluções de segurança contra fraudes desenvolvidas pela Serasa Experian e ampliou as possibilidades de verificação levando em conta as características, principalmente socioeconômicas, das revendedoras.
“A tecnologia tem que evoluir para ser cada vez mais inclusiva. É ilusão achar que a gente vai ter 100% das pessoas com um smartphone que vai conseguir captar uma selfie de qualidade, ou com uma banda larga que vai possibilitar escanear o documento e enviar. Não vamos. Então eu tenho que adaptar a minha operação à realidade que eu estou vivendo”, analisou Wellington Macedo.
O gerente explicou que a maioria das fraudes que acontecem na Natura são no cadastramento digital das consultoras e revendedoras. Para Wellington, o maior desafio nesse momento é conseguir fazer as verificações de segurança com a agilidade necessária para incorporar as novas colaboradoras e consequentemente converter novas vendas, sem cair nas mãos de fraudadores.
“O que a gente faz muito na Natura em parceria com a Serasa é usar vários meios de tecnologia, a biometria facial é apenas uma delas. Outra parte a gente faz por documentoscopia, pedindo que as consultoras digitalizem um documento. Através de tecnologias de inteligência artificial eu consigo saber se esse documento é falso ou verdadeiro”, exemplificou Macedo.
Segundo ele, atualmente apenas cerca de 6% das análises de fraudes seguem para a mesa de crédito, em todos os outros casos a decisão é automática baseada em soluções tecnológicas.
Estratégia para combinar diferentes camadas
Rafael Garcia, gerente executivo de Soluções de Prevenção à Fraude da Serasa Experian, destacou que a saída para reduzir o número de fraudes é a conscientização da população, juntamente com um olhar estratégico para combinar as diferentes camadas de segurança de forma que elas atendam às demandas do ecossistema. Essa capacidade de análise e de escolha da melhor tecnologia antifraude vai ajudar a garantir o equilíbrio para que o cliente não encontre um ambiente travado em termos de usabilidade e nem vulnerável.
“Hoje ninguém quer esperar para que o cadastro seja efetivado em dias, quer informação em tempo real. Por isso, há um movimento de diferentes segmentos nesse sentido, incluindo o de cosméticos. Nesse ambiente, as fraudes podem acontecer. Precisamos trabalhar para reduzir ao máximo o número dessas fraudes, pensando em custo e usando a inteligência analítica para prever os riscos”, explicou Rafael.
Para o gerente executivo de Soluções de Prevenção à Fraude da Serasa Experian, orquestrar as diferentes camadas tomando como base o conhecimento que a empresa tem dos perfis do seu público, é determinante para validar as tecnologias.
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