O SXSW 2018 promete trazer os mais diversos pontos de vista, experiências e conceitos que colocam a inteligência humana e as possibilidades cognitivas em uma nova perspectiva. O conteúdo previsto para esse ano traz uma amplitude de temas voltados para o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) nos negócios, na saúde, no contato pessoal, no relacionamento entre empresas e clientes, na gestão das cidades e até mesmo na alimentação.
Há muitas apostas aqui, com bilhões de dólares ávidos à procura de novos negócios de alto impacto baseados na IA. Por outro lado, empreendedores usam seu talento para explorar os limites da IA, combinando a robótica e o acesso aos dados em processos de aprendizado contínuo, o machine learning, para propor negócios e modelos que sejam os protagonistas dessa era de mudança.
Internet e digitalização parecem com os dias contatos nesse momento. A transformação digital tão em pauta no Brasil, e que tanto assusta e engaja os executivos em nosso mercado, é assunto superado diante da onda avassaladora representada pela IA. Isso porque os processos de transformação digital são premissa básica para estes empreendedores que compõem um dos ecossistemas mais ativos da história humana.
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Outra vertente de conteúdo importante no SXSW é justamente a relação da Inteligência humana diante desse novo padrão de resolução de problemas e atividades representada pela IA. Uma estética despojada de cinema e música é um contraponto ao avanço da IA e da liberação de adrenalina continua de seus congêneres do mainstream.
Imaginar como populações inteiras irão reagir diante das incertezas provocadas pela adoção de sistemas de IA em nossas vidas é imprevisível. Ontem, em uma viagem de Uber vi a motorista, simpaticíssima como é hábito em Austin, refutar o caminho proposto pelo app, “porque foi desenhado para fazer o cliente pagar mais”. Enquanto o app indicava um tempo de viagem de uma hora, ela o percorreu em 25 minutos.
Austin, por sua vez, é uma cidade em crescimento acelerado. Obras pipocam em todo lugar, o trânsito na hora do rush lembra o de São Paulo, mas mantém o espírito receptivo à inovação. A cidade já é o terceiro celeiro de startups do país, ombreando com Nova York, e já conta com unidades imensas de empresas como Facebook, Google, We Work e, possivelmente, Amazon. Executivos da empresa foram vistos com muita frequência em downtown Austin, conversando animadamente sobre a qualidade da mão de obra e o espírito liberal da cidade. Como a gigante da tecnologia procura por nova sede, convém acompanhar.
Da mesma forma, sugerimos que os leitores acompanhem nossos conteúdos nesses dias de SXSW. Vamos procurar destrinchar esse panorama da IA e seus desdobramentos para que possamos compreender o que nos aguarda no futuro próximo.