Viver em uma época em que as transformações e inovações são rápidas tem inúmeros benefícios mas, consequentemente, os perigos digitais são muito maiores.
À medida que os computadores se tornam mais inteligentes, as ameaças também ficam mais resistentes e autônomas. Portanto, é preciso tornar a proteção virtual um hábito.
Geladeiras hackeáveis?
Ter apenas um antivírus atualizado não é mais suficiente para cuidar dos seus dados digitais, uma vez que as ameaças vêm de múltiplos canais.
Com o avanço da Internet das Coisas, onde nossos objetos domésticos se tornarão conectados, o risco será ainda maior, pois ameaças invisíveis poderão coletar dados privados das pessoas através de seus eletrodomésticos.
Quando o assunto são grandes corporações, com dados sigilosos, o problema é ainda mais grave.
Estas preocupações, no entanto, não devem desencorajar a utilização de novas tecnologias, mas sim incentivar a busca de conhecimento sobre proteção e criptografias.
Para ajudar nesta tarefa, separamos uma lista com cinco atitudes que vão além do básico (firewall, antivírus, anti-malware, evitar spam e links suspeitos) nas navegações digitais:
Utilizar uma Rede Virtual Privada (VPN)
VPNs são a maneira mais segura de proteger dados pessoais na era digital. Elas funcionam como uma camada extra de proteção para os dados, como se fossem uma armadura virtual. Uma VPN substitui o endereço IP de um usuário por um endereço IP do provedor VPN, impedindo que hackers acessem seus arquivos.
Podem ser configuradas através de softwares ou aplicativos, tanto em computadores quanto em dispositivos móveis ou outros dispositivos conectados (Smart TVs, por exemplo).
Dois exemplos de aplicativos de VPN recomendados para Android são o Hotspot VPN, considerado o melhor VPN para celulares de 2019, e o ExpressVPN, que tem o selo de garantia de satisfação da Google Play.
Evitar Wi-Fi público
O acesso Wi-Fi público é bastante conveniente, mas é um enorme desafio à privacidade. Para hackers, é muito fácil invadir dados de pessoas que utilizaram Internet compartilhada em locais públicos, portanto, é importante evitá-la para se proteger, ou utilizar uma rede de VPN ao fazê-lo.
Desligar dados de localização
Todo dispositivo possui dados de localização que podem identificar a posição dos usuários.
A era digital está em constante evolução, e as tentativas de hackers estão se tornando mais complexas. Através dos dados de localização dos celulares e tablets, eles são capazes até mesmo de vigiar informações pelas câmeras desses dispositivos – por mais assustador que isso pareça. Portanto, desabilitar esses dados nos aparelhos é como fechar as portas para que intrusos não possam entrar.
Usar um aplicativo de gerenciamento de senhas
Criar senhas senhas complexas e diferentes para cada cadastro é um dos meios mais básicos de se proteger contra ataques e roubo de dados. Contudo, decorar e administrar tantas informações é um trabalho difícil para qualquer pessoa. Utilizar aplicativos que facilitem a gestão de senhas é uma ótima atitude, portanto, para se manter seguro e organizado.
O LastPass é o melhor programa com esta função no momento, pois mantém todas as senhas protegidas e sincronizadas entre todos os dispositivos dos usuários, tanto em relação à dados móveis quanto de desktop. Ele guarda todas as senhas em um cofre de nuvem virtual, e as preenche automaticamente quando precisam ser utilizadas, sem a necessidade de decorá-las. Além disso, é gratuito.
Utilizar autenticação de dois fatores
Quanto mais barreiras forem estabelecidas, mais difícil será para hackers penetratem em uma infraestrutura de dados.
A autenticação de dois, ou vários fatores, é um serviço que adiciona camadas adicionais de segurança ao método de senha padrão de identificação online. Com dois fatores, os usuários são solicitados a inserir um método de verificação adicional, como um código de identificação que é enviado por SMS, por exemplo, uma segunda senha ou até mesmo impressão biométrica.
São utilizadas para proteger o acesso a e-mails, computadores ou aplicativos, tornando-os bloqueados contra ataques hackers. Todos os principais servidores de e-mail, como o Gmail, já possuem essa função disponível para quem quiser ativá-la.
Estatísticas e fatos sobre cibersegurança para os próximos anos
- Os dispositivos IoT poderão se tornar os alvos principais de ataques de malware (Fonte: Beyond Trust)
- Spams de e-mail são o método mais comum pelo qual criminosos cibernéticos espalham malwares (Fonte: F-Secure)
- 1 a cada 5 arquivos estão totalmente desprotegidos, abertos para acesso global (Fonte: Relatório Geral de Risco de Dados de 2018)
- O crime cibernético está se tornando mais lucrativo que o comércio ilegal de drogas (Fonte: Cybercrime Magazine)
- Em 2020, haverá cerca de 300 bilhões de senhas em utilização, para sete bilhões de pessoas no mundo (Fonte: SC Magazine)
- A Holanda é o país com menores estatísticas de danos cibernéticos, enquanto a Indonésia é o pior, com cerca de 59 por cento da população já tendo sido vítima de algum cibercrime (Fonte: VPN Geeks)
- A mineração de moedas é uma das áreas que mais crescem dentro do cibercrime (Fonte: Norton Antivírus)
- Os Estados Unidos são o principal alvo de ataques direcionados (Fonte: Norton Antivírus)
- Apenas 38 por cento das empresas globais se sentem preparadas para lidar com um grande ataque hacker, caso ele venha a acontecer (Fonte: Cybint Solutions)
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