O uso dos dados e a interpretação
- Por Melissa Lulio
- 3 min leitura
Qual é o momento exato em que o consumidor percebe que precisa de algo que uma determinada empresa oferece? Quando surge esse desejo ou essa demanda e, mais do que isso, como mostrar ao indivíduo que a resposta para a necessidade dele é um produto ou um serviço? A mensagem certa, enviada na hora certa, pode transformar um pensamento em uma transação. E esse acerto é o sonho das empresas.
Mostrar-se presente no momento correto, porém, é um desafio que envolve sobretudo o uso estratégico e inteligente de tecnologia além, é claro, de um profundo conhecimento sobre o comportamento do cliente. “São muito assertivas as estatísticas que mostram a propensão de compra do consumidor”, diz Celso Mateus, diretor de Operações da AeC. “Porém, com a pandemia, aconteceram mudanças no antigo comportamento natural do ser humano.” Acessar o consumidor por meio de tecnologias de geolocalização, por exemplo, perdeu o sentido.
Mesmo assim, o executivo explica que, por meio do Big Data, é possível traçar modelos de propensão – inclusive entender como ele quer que o atendente entre em contato. Para fazer com que os modelos de propensão realmente cheguem ao agente de atendimento, o diretor de Operações diz que é preciso integrar áreas. Dessa forma, a empresa poderá alinhar sua comunicação às demandas do cliente, seja qual for o canal – afinal, o colaborador terá os dados necessários em mãos.
“Para estar presente no momento certo é preciso tecnologia e um profundo conhecimento sobre comportamento.”
Identificação
Na AeC, que é especialista na comunicação com o consumidor, a tecnologia e o uso de dados já se tornaram estratégicos. Antes, a companhia utilizava um processo de avaliação de chamadas feito por uma pessoa, por amostragem. Com a tecnologia de analytics, tornou-se possível transcrever todos os parâmetros de emoção, avaliar contextos, desenvolver cenários mais precisos de propensão e identificar padrões.
É justamente a partir dos padrões que são obtidas as inferências que, em seguida, são transformadas em exemplos tanto para o atendimento humano quanto para o robô, o qual é abastecido com as melhores práticas.
Os dados e a análise matemática, porém, não realizam sozinhos o trabalho completo. Considerando que o consumidor, especialmente durante a pandemia, usará mais os canais digitais, o executivo sugere que a empresa comunique bem a sua marca, a sua identidade, e como ela soluciona os problemas do dia a dia do cliente. Assim, ela vai gerar mais empatia e menos dúvidas, facilitando as experiências com a marca.
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