É fato que, embora ainda haja o vírus pandêmico circulando por aí, o mood de retomada já circula as ruas. Porém, dois anos depois de uma vida com sonhos em suspensão, não voltamos os mesmos para o famigerado novo normal. Só agora estamos nos dando conta de que resquícios ficaram deste trauma coletivo. Segundo um estudo realizado pelo Grupo Consumoteca em junho deste ano, só 38% dos brasileiros se sentem totalmente animados com a vida pós-isolamento social. 

   A cada pesquisa que fazemos para entender como andam as expectativas dos consumidores, nos deparamos com uma série de relatos sobre pessoas que testaram novos hábitos e rotinas. Entre as áreas mais afetadas pela pandemia, o brasileiro aponta a forma como socializamos, a forma como cuidamos da nossa saúde mental e a forma como trabalhamos. Consequentemente, isso muda toda a nossa relação com consumo: 46% se sentem diferentes na hora de ir às compras. 

   A verdade é que o consumidor de 2022 ainda opera no modo sobrevivente, e isso o coloca em jornadas de compras cada vez mais pragmáticas e menos emocionais. Com um custo de vida cada vez mais caro e pouca crença em um mundo melhor – o consumidor coloca atributos de segurança em primeiro lugar e preza, cada vez mais, por custo-benefício e comodidade. Com o aprofundamento do mundo digital, as pesquisas pré-compra tornaram-se o novo básico e o tal phygital, que era uma antiga promessa, chega para ficar.